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Ator de ‘Cangaço Novo’ fala sobre ‘laboratórios’ tensos

Bruno Goya é uma das estrelas de seriado que reproduz modalidade de crime que cresce no país.

18 dez 2021 - 11h35
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Bruno Goya
Bruno Goya
Foto: Divulgação

O novo cangaço ganhou as páginas policiais nos últimos tempos no país, com a modalidade de crime causando terror em cidades no interior brasileiro. As telas passarão a imitar a vida em breve, com o lançamento de “Cangaço Novo”, nova série da O2 para a Amazon Prime Vídeo.

Falamos com uma das estrelas do elenco sobre isso, o ator Bruno Goya, que dá vida a Sivirino, um dos principais do bando do jovem Ubaldo (Allan Souza Lima).  

As gravações da série acontecem em Cabaceiras, na Paraíba.

Bruno também é destaque em Aruanas, que chega à segunda temporada (estreia em 25/12), pela plataforma de streaming Globoplay. Como Falcão, homem de confiança da ONG, está na linha de frente com o planejamento das ações que dá suporte às ativistas, vividas pelas atrizes Débora Falabella, Taís Araújo e Leandra Leal.

Falamos com Bruno sobre essa fase e sobre o novo cangaço.

Homework: Bruno, muitas vezes a vida imita a arte e por outras, como neste caso, a arte imita a vida. Como você enxerga particularmente trabalhar em produção sobre modalidade de crime que, infelizmente, cresce no país?

Bruno Goya:

A arte em suas muitas vertentes costuma tratar a realidade do seu povo ou do mundo. Os atores serão sempre os instrumentos para essas personagens. São temas difíceis, mas que precisam ser retratados pela mídia e pelo audiovisual.

O quanto essas situações mexem com um artista enquanto cidadão ao enxergar a situação pelos dois prismas possíveis - de cidadão ameaçado e de criminoso?

O artista é um cidadão que deseja ter segurança, saúde, educação, emprego e demais necessidades básicas de um povo. Muitas vezes interpretamos personagens com perfil ou comportamento completamente oposto ao nosso. Se o tema do crime está sendo abordado é porque ele precisa ser falado.

"Sou ator e meu trabalho é viver esses personagens e vou buscar fazer o melhor que o roteiro me pedir."

Você chegou a fazer laboratório ou alguém do elenco o fez?

Para ‘Aruanas’, que fala sobre crime ambiental e eu faço o Falcão, o estrategista das ações da ONG, tivemos workshops como com o Greenpeace. Já para ‘Cangaço Novo’ fizemos ensaios para as cenas e está sendo uma maravilha estar com bons e grandes atores que admiro, como Luiz Carlos Vasconcelos e Hermila Guedes. Além da minha amiga de vida, de Aruanas, Thainá Duarte.  

Qual você considera a importância positiva para a sociedade retratar nas telas situações como a do Novo Cangaço?

É uma situação que o mundo está vivenciando, como os novos piratas que já foram retratados em diversos títulos do cinema. É preciso falar sobre esses temas que são difíceis para a sociedade, mas a arte faz muito bem esse papel.

Houve alguma situação curiosa ou digna de menção até agora na produção? Por exemplo, ao ver no noticiário a violência com que agem alguns bandos, usando escudos humanos, você se questionou sobre a continuidade ou importância do trabalho?

As gravações estão no início, não tenho muito o que falar ainda. Sei é que sou muito feliz por estar nesse projeto tão grande da Amazon e da O2, que retrata um assunto tão atual. Sempre tive vontade de trabalhar com a O2 e eles são incríveis. A série está sendo feita com muita energia. Tenho absoluta certeza que estamos fazendo um lindo trabalho.

Por favor, acrescente o que mais considerar importante.

Gostaria de acrescentar que para o ator todo trabalho nos acresce com algum aprendizado, como o Falcão de ‘Aruanas’, que me fez ver de perto a importância das diversas questões da preservação do meio ambiente. Também entendi que a luta das pessoas que buscam proteger o clima e o meio ambiente é algo que elas vivem no dia a dia, com muitas batalhas para vencer todos os dias.

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