A minissérie da Globo que transformou Cláudia Abreu, a Filipa de 'Dona de Mim', em 'musa' de protestos pelo impeachment de Fernando Collor
Em 1992, 'Anos Rebeldes' e os caras-pintadas fizeram história... dentro e fora da TV!
Em 1992, enquanto o Brasil acompanhava nas ruas e nas televisões o processo de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, uma minissérie da Globo capturava o espírito de uma geração. "Anos Rebeldes", escrita por Gilberto Braga, transformou não apenas o horário nobre da emissora, mas também a trajetória de uma jovem atriz que, aos 21 anos, já colecionava papéis de destaque: Cláudia Abreu.
Hoje vista como Filipa na novela "Dona de Mim", a artista foi, há mais de trinta anos, o rosto de uma juventude que tomava as ruas pintando o rosto de verde e amarelo para pedir o fim do governo Collor!
Atriz começou no Tablado
Nascida no Rio de Janeiro em 1970, Cláudia Abreu começou cedo no teatro, incentivada por um tio ator do tradicional Teatro O Tablado. Aos 16 anos, estreou na TV Globo na série "Tele Tema" e, pouco depois, entrou nas novelas "Hipertensão" (1986), "O Outro" (1987) e "Fera Radical" (1988).
Sua primeira protagonista veio em "Barriga de Aluguel" (1990), de Glória Perez, onde viveu Clara, uma jovem que aceitava gerar o filho de outra mulher, uma trama ousadíssima para a época. Mas foi dois anos depois, em "Anos Rebeldes", que Cláudia se consolidou como uma das maiores atrizes de sua geração.
'Marcante', lembra Cláudia Abreu sobre 'Anos Rebeldes'
Em "Anos Rebeldes", exibida em 1992, Cláudia viveu Heloísa, uma jovem rica que amadurece politicamente ao longo da história, passando de menina mimada a militante contra a ditadura militar. A atuação lhe rendeu o Prêmio APCA...
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