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São Paulo recebe exposições gratuitas de nomes como Rugendas e Burle Marx

Fotografias de Claudia Andujar e mostra do italiano Umberto Boccioni também são destaques

18 jan 2019 - 07h11
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Para quem ainda está em férias no mês de janeiro, São Paulo oferece uma série de atrações gratuitas para os amantes de artes visuais. Nomes como o alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858), o italiano Umberto Boccioni (1882-1916) e o brasileiro Roberto Burle Marx (1909-1994) são alguns dos artistas que podem ser apreciados na cidade em mostras especiais.

Além das exposições individuais, a cidade recebe também mostras coletivas, como uma sobre gravuras no Itaú Cultural, que reúne trabalhos de artistas como Edouard Manet, Eugène Delacroix e Francisco Goya. Museus que são pagos, como o Masp, o MAM ou a Pinacoteca do Estado, também podem ser visitados gratuitamente em dias especiais.

Confira, a seguir, uma lista com mais de 10 exposições gratuitas na capital paulista.

Burle Marx: Arte, Botânica e Paisagem

O arquiteto paulistano Roberto Burle Marx (1909-1994) é um dos nomes mais reconhecidos mundialmente por seus trabalhos com paisagismo. Mas sua exposição no Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE), que já está em cartaz, apresenta trabalhos pouco conhecidos do artista. Intitulada Burle Marx - Arte, Paisagem e Botânica, a mostra, com curadoria de Cauê Alves, se divide justamente nesses três núcleos. Ao todo, são cerca de 70 trabalhos, que passam por pintura, design e até mesmo por expedições científicas.

MuBE. R. Alemanha, 221. Tel. 2594-2601. 3ª a dom., 10 às 18h. Grátis. Até 17/3.

Boccioni: Continuidade no Espaço

No Museu de Arte Contemporânea (MAC) da Universidade de São Paulo, uma exposição especial foca numa das obras-primas do artista italiano Umberto Boccioni, a escultura Formas Únicas da Continuidade no Espaço, que faz parte do acervo do museu. A mostra apresenta o trabalho de duas pesquisadoras sobre o artista italiano, que atuaram também como curadoras da exposição, Ana Magalhães, do próprio MAC), e a britânica Rosalind McKever, do Museu Victoria & Albert, de Londres.

MAC USP. Av. Pedro Álvares Cabral, 1301. Tel. 2648-0258. 3ª a dom., 10 às 21h. Grátis. Até 24/3.

Pedro Moraleida - Canção do Sangue Fervente

A exposição Canção do Sangue Fervente, em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, redescobre obras do artista mineiro Pedro Moraleida. O artista tirou a própria vida aos 22 anos, em 1999, mas deixou uma produção intensa e com números que impressionam. Foram mais de mil desenhos e mais de 400 pinturas, além de diversos textos e experimentações em histórias em quadrinhos. Alguns, feitos quando ainda era adolescente, já lançavam críticas ferrenhas à sociedade. O maior dos trabalho apresentado na exposição é uma série intitulada Faça Você Mesmo Sua Capela Sistina, interrompida por sua morte. Nela, o artista apresenta textos e pinturas que criticam formas de poder e símbolos religiosos.

Instituto Tomie Ohtake. Av. Faria Lima, 201. Tel. 2245-1900. 3ª à dom., 11 às 20h. Grátis. Até 10/3.

Rugendas, Um Cronista Viajante

Assim como as obras do francês Jean Baptiste Debret, o trabalho do alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858) foi responsável pela divulgação das primeiras imagens do Brasil no exterior. No País, o artista retratou os anos 1820 com destaque para a natureza e os costumes da população brasileira. Numa nova exposição na Caixa Cultural, em São Paulo, Rugendas é relembrado por meio de uma mostra dividida em três núcleos. O setor Olhar a Terra conta com paisagens do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso e Minas Gerais; já Olhar o Homem apresenta cenas cotidianas; Plantas da Terra, por fim, faz um estudo da fauna e flora brasileira.

Caixa Cultural São Paulo. Praça da Sé, 111. Tel. 3321-4400. 3ª a dom., 9 às 19h. Grátis. Até 31/3.

Claudia Andujar: A Luta Yanomami

Idílico: criança Yanomami em registro da fotógrafa
Idílico: criança Yanomami em registro da fotógrafa
Foto: Claudia Andujar/Divulgação / Estadão

Com cerca de 300 imagens, a exposição do trabalho da fotógrafa suíço-brasileira Claudia Andujar com a tribo Yanomami, no norte do País, está em cartaz no Instituto Moreira Salles desde o final do ano passado. Com livros e documentos sobre a trajetória deste povo indígena, a mostra começa com os primeiros contatos da artista com os Yanomami, ainda no início dos anos 70. Em seguida, as fotos seguem pelas décadas seguintes, com os agressivos contatos com os homens brancos, chegada de doenças e o começo da luta pela demarcação de terras indígenas.

IMS Paulista. Avenida Paulista, 2424. Tel. 2842-9120. 3ª a dom., 10 às 20h. 5ª até às 22h. Grátis. Até 7/4.

Millôr: Obra Gráfica

Também no IMS Paulista, a exposição com alguns dos principais desenhos de Millôr Fernandes (1923-2012), muitos deles feitos para serem publicados na imprensa, entra em sua reta final. A mostra se divide em cinco conjuntos com a obra gráfica do artista, passando por autorretratos e imagens de grande crítica social da vida brasileira e relações humanas. A exposição conta ainda com obras feitas para a Pif-Paf, seção que Millôr manteve na revista O Cruzeiro entre 1945 e 1963.

IMS Paulista. Avenida Paulista, 2424. Tel. 2842-9120. 3ª a dom., 10 às 20h. 5ª até às 22h. Grátis. Até 24/2.

Lasar Segall: Ensaio Sobre a Cor

Na mostra em cartaz no Sesc 24 de Maio, é apresentado o estudo da cor como meio essencial para a compreensão da pintura do artista lituano-brasileiro Lasar Segall (1891-1957). Dividida em quatro segmentos, a exposição traz 87 peças que retratam várias fases do artista, entre pinturas, desenhos, fotos e documentos. A mostra é uma parceria com o Museu Lasar Segall.

Sesc 24 de Maio. R. 24 de Maio, 109. Tel. 3350-6256. 3ª a sáb., 9 às 21h. Dom., 9 às 18h. Grátis. Até 5/3.

O Desenho de Lasar Segall

No museu que leva o nome do artista, há outra exposição gratuita sobre o seu trabalho, esta de longa duração e focada apenas em desenhos de Segall. As obras percorrem toda a vida do artista, desde antes da sua primeira vinda ao País, em 1912, e até os seus últimos anos. Todas as obras fazem parte do acervo museu, que conta com mais de 2400 desenhos do artista.

Museu Lasar Segall. R. Bertha, 111. Tel. 2159-0400. 4ª a 2ª, 11 às 19h. Grátis. Até 3/6.

Detanico Lain: Meteorológica

O casal de artistas Angela Detonico e Rafael Lain apresenta a partir do, 19, uma nova exposição no Espaço Cultural Porto Seguro. Na mostra, intitulada Meteorológica, são exibidos 14 trabalhos, a maior parte deles instalações inéditas, criadas a partir de variadas linguagens artísticas. São vídeos, textos, animações, objetos, esculturas e instalações que se combinam, para refletir não apenas sobre temas específicos, mas sobre o próprio processo reflexão e constituição do conhecimento.

Espaço Cultural Porto Seguro. Al. Barão de Piracicaba, 610. Tel. 3226-7361. 3ª a sáb., 10 às 18h. Dom., 10 às 17h. Grátis. Até 7/4.

Amelia Toledo - Lembrei Que Esqueci

Um ano após chegar ao fim no Centro Cultural Banco do Brasil, a exposição Lembrei Que Esqueci, com obras de Amélia Toledo (1926-2017), ganha uma nova montagem no Edifício Banco do Brasil, na Avenida Paulista. As obras fazem uma retrospectiva dos mais de 60 anos de carreira de Amélia, que chegou a ver a abertura da exposição original, inaugurada poucos meses antes da sua morte.

Edifício Banco do Brasil. Av. Paulista, 1230. 2ª a 6ª, 10 às 20h. Especialmente nos dias 25, 26 e 27 de janeiro, das 10 às 18h. Até 4/2.

Imagens Impressas: um Percurso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural

A exposição do Itaú Cultural passeia por seis séculos de história, com 160 obras, para falar sobre a produção gráfica europeia e suas diferentes técnicas. Com trabalhos de artistas como Martin Schongauer, Rembrandt van Rijn, Francisco de Goya, Edvard Munch e Pablo Picasso, a mostra conta com gravuras internacionais do instituto, que conta atualmente com 453 imagens impressas sobre papel em seu acerto. Antes de chegar a São Paulo, a mostra já passou por Santos, Curitiba, Fortaleza, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Brasília e Santa Catarina.

Itaú Cultural. Av. Paulista, 149. Tel. 2168-1777. 3ª a 6ª, 9 às 20h. Sáb. e dom., 11 às 20h. Grátis. Até 17/2.

Mais opções

Alguns museus de São Paulo operam com cobrança de ingressos, mas, em determinados dias da semana, oferecem entradas gratuitas aos visitantes. Aos sábados, por exemplo, é possível visitar o Museu de Arte Moderna (MAM), a Pinacoteca do Estado e o Museu Afro Brasil.

Já o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, o Masp, tem entrada livre às terças-feiras. Especialmente no dia 25 de janeiro, sexta-feira, aniversário de 465 anos de São Paulo, o museu terá entrada gratuita e horário estendido, até às 22h.

Estadão
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