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Robôs no Centro Cirúrgico: Dr. Gustavo Pereira revela as últimas inovações em cirurgia robótica e inteligência artificial

30 jul 2025 - 00h55
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Com a tecnologia revolucionando a medicina, a cirurgia robótica se destaca como uma inovação que transforma a abordagem cirúrgica, beneficiando pacientes, instituições de saúde e equipes médicas. Dr. Gustavo Becker Pereira, especialista em coloproctologia e presidente do Comitê de Cirurgia Robótica da Unimed Litoral, além de liderar a Sociedade Catarinense de Coloproctologia, participou recentemente do Congresso Mundial de Cirurgia Robótica, realizado em Estrasburgo, na França, entre os dias 16 e 20 de julho últimos. Trata-se do maior congresso em âmbito mundial na área da cirurgia robótica.

Dr. Gilberto Almeida, urologista, e Dr. Guilherme Agne, cirurgião de cabeça e pescoço, colegas do Dr. Gustavo no Hospital Unimed Litoral, também participaram do Congresso
Dr. Gilberto Almeida, urologista, e Dr. Guilherme Agne, cirurgião de cabeça e pescoço, colegas do Dr. Gustavo no Hospital Unimed Litoral, também participaram do Congresso
Foto: Márcia Piovesan

O evento contou com mais de 100 empresas que hoje desenvolvem tecnologias em inteligência artificial, cirurgia robótica, big data e tudo o que hoje é considerado como cirurgia 5.0, ou seja, cirurgias que englobam as novas tecnologias, visando mais recursos e melhores resultados aos pacientes.

Marcaram presença mais de 2.500 cirurgiões dos mais diversos continentes. Os principais cirurgiões do mundo estavam nesse congresso. "Foi muito interessante poder trocar diversas informações, realidades... entender o que cada hospital está fazendo", destacou Dr. Gustavo, que foi convidado pela organização do evento para participar de aulas e debates com o objetivo de partilhar a experiência de trabalho com o robô britânico versus. "Temos a maior casuística da América Latina. Por isso criamos um ambiente de colaboração durante os treinamentos com cirurgiões da América Latina e agora do México".

Segundo Dr. Gustavo, hoje a cirurgia robótica é o que há de mais avançado no que tangencia as especialidades cirúrgicas. "Temos vários recursos: a visão é melhor, pois é em terceira dimensão e com a magnificação da imagem, com melhor qualidade da visualização, principalmente em locais mais restritos, de mais difícil acesso", explica. Além disso, o robô exerce diversos movimentos que a mão humana não consegue exercer, até porque a cirurgia é feita através de pequenos orifícios. "Diferente da videocirurgia, que utiliza pinças retas, com o robô a pinça entra e tem toda uma articulação, rotação, com amplitude de movimentação de 720 graus. O trabalho é feito com muita delicadeza, segurança e precisão, com filtro de tremor", compara.

Hoje em dia o robô está sendo utilizado em cirurgias das mais diversas especialidades: coloproctologia, urologia, ginecologia, oncologia. As principais especialidades estão utilizando o robô para trazer esses benefícios aos pacientes.

"Com o robô o paciente tem uma melhor recuperação no pós-cirúrgico, menor taxa de complicação e acrescenta um aspecto melhor do ponto de vista de ergonomia para o cirurgião e para a equipe cirúrgica", pontua o médico.

Cenário brasileiro

Há um crescimento muito importante no número de plataformas robóticas no mercado hoje. Conforme Dr. Gustavo, ainda é uma minoria de hospitais que possuem essa estrutura, mas o crescimento da cirurgia robótica demonstra a preocupação das instituições com o melhor cuidado e o melhor atendimento ao paciente. "A nossa expectativa quanto à robótica é que ela seja um meio através da qual muitas tecnologias boas sejam empregadas aos pacientes. Por exemplo: a inteligência artificial, vai nos ajudar a identificar estruturas nobres, saber quais os melhores caminhos durante a cirurgia, para alcançar os melhores resultados e com mais técnica cirúrgica. Além disso, cada vez mais são desenvolvidos softwares que trabalham com adição das imagens. Por exemplo, enquanto estamos operando poderemos ter acesso aos exames prévios do paciente".

Outro ponto importante no desenvolvimento da área é a telecirurgia, tecnologia que possibilita ao cirurgião realizar a cirurgia em outro país estando no seu local habitual de trabalho, de forma remota.

O elemento humano segue indispensável

Por mais que estejamos diante de um desenvolvimento muito amplo de novas e boas tecnologias envolvendo a cirurgia robótica, o material humano segue fundamental, crucial no tratamento dos pacientes. "Gostamos de comparar como se fosse um piloto. Não basta só ter um bom carro, é preciso um bom piloto, bem treinado. O cirurgião precisa de um treinamento amplo, com formação adequada. O material humano ainda é fundamental para termos um melhor resultado, que é o paciente ter um bom desfecho, com baixa taxa de complicação e com boa resolução da sua doença", conclui Becker.

Márcia Piovesan
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