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Relatos sobre Woodstock incluem escapadas, LSD e lembranças nebulosas

14 ago 2019 - 09h51
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Jason Stone saiu sorrateiramente de um acampamento de verão e alucinou com uma melancia batizada com LSD, e Graham Nash estava tão "alto" que suas lembranças da apresentação que fez são nebulosas.

Festival de Woodstock em agosto de 1969, em Bethel, Nova York
John "Jack" NIflot (Presente de Duke Devlin)/The Museum at Bethel Woods/Via REUTERS
Festival de Woodstock em agosto de 1969, em Bethel, Nova York John "Jack" NIflot (Presente de Duke Devlin)/The Museum at Bethel Woods/Via REUTERS
Foto: Reuters

Stone e Nash são só duas das mais de 450 mil pessoas que assistiram ou tocaram em Woodstock em 1969, e cada um tem uma história diferente para contar sobre o festival de música, que definiu uma era e completa 50 anos nesta semana.

Jason Stone estava com 17 anos e tinha um emprego de verão como conselheiro de um campo do norte do Estado de Nova York quando ele e um amigo decidiram sair sem permissão e pegar carona até o festival.

"Não tínhamos uma barraca, não tínhamos nenhum equipamento, não tínhamos nada além da roupa do corpo. Alguns dólares no bolso", lembrou.

Eles encontraram alguém que conheciam e dividiram uma barraca pequena em que lhe ofereceram melancias.

"Mal sabia eu que essa melancia tinha sido injetada algum tempo antes de chegarmos lá com LSD, e que estávamos prestes a vivenciar algo muito intenso", disse Stone.

Woodstock foi somente a segunda apresentação ao vivo da banda de folk rock Crosby, Stills and Nash, que iniciou seu show com o sucesso acústico "Suite: Judy Blue Eyes."

Nash se lembra de ter ido a Woodstock de helicóptero após o anoitecer.

"Milhares e milhares de pessoas. Chuva. Lama. Velas. Pessoas. Murmúrios. Som. Era inacreditável", contou.

"O tamanho de algo como Woodstock - as coisas ficam muito nebulosas. Elas ficam muito nebulosas se você for careta. Elas ficam incrivelmente nebulosas se você estava alto. E é isso que estávamos, então tenho muito poucas lembranças de interação nos bastidores", acrescentou Nash.

Já William Ellsworth era um voluntário de 20 anos da polícia montada em sua primeira grande operação.

"Ninguém nos deu trabalho, na verdade. Ninguém estava agressivo nem nada assim. Não era uma plateia nem um pouco hostil", disse Ellsworth.

Woodstock foi notável pelo uso abrangente de drogas entre artistas e fãs, mas só cerca de 100 pessoas foram presas e não houve relatos de incidentes de violência.

"Acho que o bom senso prevaleceu, basicamente. Não havia muito que se pudesse fazer", opinou Ellsworth.

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