Quando Debbie Harry trabalhou como coelhinha da Playboy
Cantora do Blondie e ícone da cultura rock de Nova York teve vários empregos antes de formar a banda, indo de dançarina a garçonete
Dançarina, garçonete, secretária e até... coelhinha da Playboy — não da revista, mas da rede de casas noturnas. Debbie Harry, que completa 80 anos nesta terça-feira, 1º, teve vários empregos antes de formar o Blondie, banda pioneira do punk, e se tornar um ícone da cultura rock de Nova York.
Nascida em Miami, na Flórida, Debbie foi adotada e criada em Nova Jersey. Após se mudar para Nova York, enfrentou dificuldades financeiras e buscou trabalho em diferentes áreas.
Em uma entrevista à Radio 4 (via Far Out), a artista relembrou o que a motivou a aceitar a oportunidade como coelhinha da Playboy:
"Acho que eu queria encarar o desafio. Por que uma coelhinha da Playboy? Não sei, acho que era algo que sobrou de um amigo dos meus pais, que era membro do clube da Playboy, e ele sempre fazia com que parecesse tão exótico e emocionante. E eu também pensei que seria uma boa maneira de ganhar dinheiro, o que era. Então tentei, mas acho que só trabalhei lá por oito ou nove meses."
No entanto, outras fontes (via Time) indicam que Debbie trabalhou no clube da Playboy de Nova York por cerca de cinco anos. O vínculo teria ocorrido entre 1968 e 1973.
Na ocasião, ela ainda não tinha o cabelo loiro que, posteriormente, viria inclusive a batizar o nome da banda, Blondie ("loirinha", em português).
Em 1973, Debbie Harry conheceu Chris Stein, que se tornaria seu namorado e com quem fundaria o Blondie. Logo ela seria um dos rostos mais conhecidos da cena punk de Nova York, se apresentando ao lado de Ramones, Television e Talking Heads em locais lendários como CBGB's e Max's Kansas City.
Debbie Harry e o período como coelhinha da Playboy
A respeito do período como coelhinha da Playboy, Debbie conta que não tem do que reclamar. A vocalista do Blondie vai na contramão de possíveis comentários críticos ao local como um espaço tóxico e misógino e relata que não teve dificuldades em se adaptar.
Ela recorda:
"Bem, eu gosto de me arrumar, então isso não me incomodava muito. Provavelmente fiz coisas muito mais loucas ou engraçadas comigo mesma ao longo dos anos. Mas era meio curioso porque eles cuidavam muito bem da gente. Nos tratavam como artistas, sabe? Éramos importantes para eles. Éramos importantes para o negócio."
Outras coelhinhas famosas
Além de Debbie Harry, outras coelhinhas da Playboy ganharam notoriedade em outras profissões, como Gloria Steinem, que se tornou jornalista, a atriz Lauren Hutten e Kimba Wood, que estudou Direito em Harvard e se tornou juíza, segundo a rádio NPR.
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