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Venere Vai Venus: a ascensão de uma nova estrela do rock nacional

Com o recém-lançado álbum 'Divino', banda emplacou dois singles nas paradas e vem conquistando plateias e festivais cada vez maiores

30 set 2025 - 13h21
(atualizado às 16h42)
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Venere Vai Venus: a ascensão de uma nova estrela do rock nacional
Venere Vai Venus: a ascensão de uma nova estrela do rock nacional
Foto: The Music Journal

"Eu gostaria de usar as minhas redes pra mostrar bandas que eu gosto, artistas que chamam minha atenção, na esperança de que vocês gostem também. Pra começar, eu gostaria de chamar atenção pra uma banda que abriu pra gente no Recife, na turnê do 4.0, chamada Venere Vai Venus. Eles são muito talentosos, grandes músicos, são realmente, diferenciados. Eles acabaram de lançar um álbum, então colem lá pra dar uma ouvida", anuncia Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, em um reels. O vídeo, feito de forma espontânea pelo ídolo, pegou a banda de surpresa.

Se você acompanha de perto as novidades musicais, deve estar se perguntando quem é esse quarteto que abriu pro Capital Inicial e foi indicado pelo vocalista da banda veterana, ganhou os holofotes da última edição do João Rock e chegou ao TOP 3 músicas virais do Spotify nas últimas semanas.

Foto: Divulgação / The Music Journal

Para quem vê de fora, parece tudo muito repentino. E tudo aconteceu muito rápido, realmente. Mas muita estrada, amor, dedicação e luta precedem a ascensão vertiginosa do quarteto. Venere Vai Venus veio pra ficar, pra preencher um vácuo deixado pelo rock há muito tempo no mainstream brasileiro, e deixar seu nome na história do rock nacional junto às maiores bandas do estilo.

Venere Vai Venus é uma banda que não está mandando você venerar ninguém nem ir a lugar nenhum. O nome refere-se à deusa do amor e da beleza, Vênus, também conhecida como Venere, e ao lendário guitarrista Steve Vai. Esse panteão forma um nome próprio único, distinto, reconhecível e pronunciável em diversas culturas e idiomas - um nome universal. "Venere é Vênus em vários lugares do mundo", diz Lua Dultra, vocalista e compositora da banda. "E Vênus é Vênus em vários lugares do mundo", complementa o guitarrista Ávila.

A história do Venere Vai Venus começa quando Ávila vê a Lua tocando piano no colégio. Matadora de aulas contumaz, Lua tinha começado a frequentar a escola mais assiduamente só porque estava obcecada pelo piano: "Eu não tinha onde despejar minhas angústias, e o piano foi minha salvação, porque era onde eu conseguia deixar minha alma. Eu não tinha outra escolha", conta Lua.

Sua mãe tinha o sonho de ser cantora e atriz, que teve que abandonar quando Lua nasceu - mas a recompensa viria quando a carreira da filha deslanchou, como uma realização do próprio sonho. O pai, um empreendedor nato, se endividava para mantê-la no colégio e lhe dar uma boa educação.

Quando descobriu o piano da escola, ainda criança, logo na primeira vez que tocou, conseguiu executar de prima a introdução da nona sinfonia de Beethoven: "Foi muito natural. Eu sabia onde ficava o dó e que para um lado estavam as notas mais graves, para o outro as mais agudas. Foi intuitivo", explica. Começou então a praticar em todas as oportunidades, chegando até a deixar de comer só para aproveitar todo o tempo que podia no piano.

Baixou um app que simulava o instrumento para tirar as músicas em casa. Quando descobriu um piano na Estação Portuguesa-Tietê, começou a ir para lá todos os dias, levado pela avó, com quem morava, e passava o dia inteiro tocando. Tudo começou a fazer sentido quando assistiu à cinebiografia do Queen. "Eu fiquei maluca. Eu queria ser o Freddie Mercury", conta.

Na virada do ano de 2022 para 2023, faltando meia hora para a meia-noite, ligou para o Ávila: "Cara, quero montar uma banda, ganhar um dinheiro, vamos trabalhar juntos". Ávila era filho de um guitarrista amador, no sentido mais profundo da palavra, um amante dedicado do instrumento, que ensinou ao filho sua primeira música, Welcome to the Machine, do Pink Floyd. "Bora", respondeu Ávila, sem pestanejar.

Recrutaram outros dois integrantes, que não duraram muito, até a entrada da baixista Rey Sky e do baterista Caio Luigi, que consolidaram a formação definitiva da Venere Vai Venus. Rey começou os estudos musicais aos 13 anos de idade, integrou e ainda integra algumas bandas de heavy metal e hard rock, além de ter sua própria carreira solo, com cinco singles lançados. Caio é multi-instrumentista e também trabalha com audiovisual e publicidade. Além das diversas bandas pelas quais já passou, mantém também seu trabalho solo sob o alter ego de Caravaggio.

Com essa formação poderosa e já clássica, após um inteligente uso das plataformas sociais para criar uma fanbase, a banda lotou seu primeiro show, colocando 200 pagantes na casa. A segunda apresentação foi no programa Kiss Club, da rádio Kiss FM, para uma audiência média de 60 mil ouvintes por minuto.

Venere Vai Venus: os shows e a abertura para o Capital Inicial

Após mais alguns shows, a Venere Vai Venus um concurso com mais de duas mil bandas pra abrir a um show do Capital Inicial, para mais de 8 mil pessoas. No mesmo ano, gravaram a toque de caixa o primeiro EP, com músicas como Circo, que se tornou seu primeiro êxito e já alcançou mais de 6 milhões de reproduções no Spotify.

Em 2024, começaram a produção de seu primeiro álbum, Divino, agora realizado com muito mais calma, experiência e intencionalidade. As 11 faixas do debut lançado em 13 de junho apontam para um amadurecimento e evolução musical do conjunto, comprovados pelas plateias cada vez maiores que vem conquistando. As faixas falam sobre experiências individuais sob o viés da experiência humana na terra.

"O primeiro EP foi escrito para o EP. O segundo foi escrito para mim", explica Lua, compositora da maioria das faixas, afirmando o caráter mais pessoal do disco. Em geral, as letras e harmonias iniciais surgem da Lua, e depois cada integrante entra com suas contribuições para formar o arranjo final. "A alma das composições da Venere está na minha escrita, no jeito que eu sinto as coisas. São letras que falam realmente das minhas histórias de vida, das coisas que eu passei. Essa é a identidade da Venere", pondera Lua. "Essa fagulha inicial vem da escrita da Lua, e depois cada um de nós põe sua própria verdade", reforça Ávila.

"A capa do disco mostra a banda ao redor de uma mesa com um banquete recém-devorado, com quatro cobras serpenteando entre os integrantes, em trajes finos e glamourosos. Sim, são cobras de verdade. E uma delas se chama 'Princesa'. Eu sentia a respiração dela muito forte no meu ouvido, foi um pouco assustador. Mas estava tudo sob controle", lembra-se Ávila.

A presença do animal na arte do álbum da Venere Vai Venus dá sequência a uma construção conceitual iniciada nos singles anteriores, com um leão na capa da faixa Ego e chifres de cabra ilustrando Ciúmes. As três imagens, juntas, remetem à Quimera, um ser mitológico com corpo de cabra, cabeça de leão e cauda de serpente.

O novo disco aprofunda o uso de imagens mitológicas para falar sobre a experiência humana: "A gente quis criar esse contraste, entre a coisa que é divina e supostamente perfeita e a coisa imperfeita que somos nós. E são as nossas emoções que nos tornam humanos. Por outro lado, os deuses mitológicos também eram falhos, então é uma desconstrução do divino como uma coisa incrível, mostrando que o divino também é humano, e o humano também é divino", filosofa Ávila.

Após o lançamento local, o disco da Venere Vai Venus foi apresentado nacionalmente, apenas um dia depois do lançamento, durante a experiência mais impactante da banda até então, a participação no lineup do festival João Rock, para a qual foi selecionada após vencer um concurso. Anjos, um dos singles do novo disco, já acumula mais de 3 milhões de streams e entrou para o TOP 3 virais do Spotify.

"Eu vejo o futuro da banda como algo brilhante, criativo e muito potente, desde que a gente, religiosamente, não se distancie do que é importante pra valer a pena, que é gostar de tocar com as pessoas que você toca, preservar as relações, fazer música junto por paixão, conviver e criar juntos", aponta Caio.

Ambiciosa, a Venere Vai Venus pretende conquistar públicos cada vez maiores, inscrever seu nome ao lado das grandes bandas brasileiras e trazer o rock de volta ao centro das atenções: "Nós almejamos o reconhecimento nacional e internacional como uma banda que traz um som realmente único e não tenta ser nada do que não é. Esperamos desenvolver cada vez mais nossa autenticidade e profundidade nos tornando parte do time de bandas que fizeram e fazem história no cenário musical", finaliza Rey.

Em 17 de outubro a Venere Vai Venus promovem a festa HaloVVVenn, a partir das 19h, no City Lights Music Hall (SP), com participação da banda Swave, merch novo e exclusivo e drinks autorais da casa com os nomes das músicas do primeiro álbum da banda, Divino.

Ouça o álbum Divino:

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