Regina Spektor esfria público e quebra clima em show no SWU
- Renato Beolchi
- Direto de Itu
Regina Spektor bem que tentou, mas não conseguiu contagiar o público do festival SWU, que acontece na Fazenda Maeda, em Itu, interior de São Paulo. A cantora russa foi uma das atrações do palco Ar no evento, mas seu show - logo após a vibrante apresentação do Sublime with Rome - foi fria, mais ainda que a temperatura na região. O fim, com dois hits disfarçou, mas deixou marcas de que um palco grande (ainda) não é lugar para Regina. Ao menos não no Brasil.
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O palco Ar fica localizado à direita da arena principal. Regina ainda posicionou seu piano na extremidade do palco, e tocou de lado. Ou seja, de costas para 90% do público. Esse distanciamento, aliado a uma enorme timidez da cantora, fez com que o clima do show fosse mais que intimista, quase intimidador. A plateia não muito familiarizada com o repertório dela aproveitou o tempo para conversar.
Na parte técnica, a apresentação de Regina Spektor foi bastante atraente. Indício de que o maior problema do show deste domingo (10) foi de fato o tamanho do palco. Caso tivesse sido escalada para tocar em alguma das tendas, talvez tivesse tido melhor sorte. Afinal, experimentalismo musical não é algo que assuste a cantora.
Tanto que em sua performance trocou piano por teclado, teclado por guitarra, guitarra por cadeira (sim, ela toca cadeira) antes de encerrar a noite de volta ao piano. E assim passeou por canções como That Time, em versão solo na guitarra semi-acústica e Poor Little Rich Boy, ao piano e fazendo percussão, ela mesma, em uma cadeira.
O encerramento foi óbvio e tentou dar uma esquentada na noite. A dupla Us, da trilha sonora do filme 500 Dias Com Ela, e Fidelity, que fez parte do disco com as músicas da novela A Favorita. Ao terminar, agradeceu em português e deixou quase correndo o palco. A simpatia tímida de Regina encanta no começo, mas não combina com uma das atrações dos palcos principais de um festival deste porte.
