Receitas de plataformas de streaming ultrapassa US$ 8,6 milhões em 2024
Ainda que as receitas provenientes de assinaturas premium de plataformas de streaming tenham tido um crescimento discreto de 2,7% no primeiro semestre de 2024 nos EUA, o retorno financeiro parece de bom tamanho: mais de US$ 8,6 milhões (algo em torno de R$ 48 bilhões no câmbio atual).
De acordo com a RIAA (Recording Industry Association of América) que representa a indústria musical nos EUA, haviam 99 milhões de assinaturas pagas de streaming musical no primeiro semestre deste ano. Considerando que o censo do país registrou 131,4 milhões de domicílios, é provável que o país esteja se aproximando de um ponto de saturação das assinaturas de música.
Essa estatística deve chamar a atenção de todo ecossistema global onde o streaming é o principal ator em vários países.
Esses números do streaming são referentes às contas de assinatura premium, não incluindo assinaturas gratuitas e limitadas.
Na atualidade, os EUA, o maior mercado musical do mundo, responde a 38% de todas as receitas brutas da indústria global, algo em torno de US$ 28 bilhões em movimentação financeira. Com essa porcentagem, ainda há muito terreno para ser conquistado pelas gigantes do streaming com o Spotify, Apple Music, Deezer, entre outros.
Streaming: artistas do século 21 lideram o mercado de música gravada no Reino Unido
Os novos artistas do século 21 estão liderando o mercado de música gravada do Reino Unido, com quase três quartos dos 100 maiores sucessos de 2022, revela uma nova análise da British Phonographic Industry (BPI), que representa as empresas fonográficas da região britânica.
Liderada pelo megahit As It Was de Harry Styles, a lista com as músicas mais ouvidas da década de 2020 representa 72% das 100 faixas mais escutadas de 2022 no Reino Unido.
Ou seja, quase quatro em cada cinco transmissões geradas pelas 15 mil faixas mais tocadas do ano, foram para músicas lançadas após a virada do milênio e mais um quarto para músicas dos últimos dois anos.
De acordo com os dados do anuário All About The Music da BPI, a música produzida no século 20 representou apenas um quinto dos streams de 2022, enquanto que menos de 5% dos streams foram para faixas dos anos 1970 e apenas 2,6% para lançamentos dos anos 1960.
Dos anos 1980, apenas a faixa Running Up That Hill, gravada por Kate Bush em 1985 figura no TOP 20 do final de 2022.
Na mesma base de dados da BPI para o relatório All About The Music, foi identificado que as faixas mais tocadas na década de 2010 foram Location de Dave e Burna Boy, Shape Of You de Ed Sheeran, Shotgun de George Ezra, Watermelon de Harry Styles e Someone You Loved de Lewis Capaldi. Todas elas entraram para o TOP 100 da referida década.
A popularidade duradoura dessas músicas destaca um dos principais benefícios da dinâmica do streaming para os artistas: um novo lançamento bem-sucedido pode resultar em uma demanda contínua de longo prazo por meio de reproduções repetidas e um público que cresce implacavelmente com o tempo.
Este ambiente digital continuará gerando novas receitas adicionais para estes artistas, ao contrário da venda de um download ou produto físico em que a receita é gerada apenas uma vez, no site onde os aficcionados por música compram.
Uma tendência notável que apresenta esta análise da BPI é o tempo que uma faixa pode levar para atingir seu pico comercial após o lançamento. Para se ter um exemplo, um artista conhecido como Cat Burns lançou seu single de estreia Go em julho de 2020. Ele não havia ainda alcançando o pico da Official Singles Chart até junho de 2022, permanecendo na segunda posição.
Faixas com mais de um ano são atualmente definidas pelos players de mercado (gravadoras e selos) como catálogo.
Go terminou como a terceira faixa mais tocada no Reino Unido apenas em 2022, ficando atrás do megahit As It Was de Harry Styles e Bad Habits de Ed Sheeran. Ou seja, permanecendo nas plataformas digitais, seu apelo musical dura muito mais tempo.