Prodigy faz show marcante em nova turnê no Brasil
Já se passavam das 22h, horário marcado para o início das apresentações, e a Via Funchal, em São Paulo, estava bem longe de sua lotação. Embora os espaços vazios tenham deixando alguns fãs receosos, durante as performances de Montage, Mixhell e do DJ brasileiro Mark Marky, o público foi tomando seu lugar e rapidamente encheu a casa.
» Leia a entrevista com Liam Howlett
Às 23h40, o aguardado trio britânico, acompanhado por mais um guitarrista e um baterista tomam o palco. Assim que Liam Howlett se posicionou nas pick ups, teclados e programações, os vocalistas Maxim Reality e Keith Flint assumiram suas posições de mestres de cerimônias e começaram a apresentação com World's On Fire, que abre o disco mais recente da álbum, Invaders Must Die, lançado neste ano e muito elogiado pela mídia estrangeira.
Após a abertura, o primeiro ponto alto do show vem logo cedo. ¿Sabem o que se faz quando se está com muito calor? Que nem está aqui agora? Respirem¿, anunciou Maxim, dando a deixa para o público que tocariam Breathe, música presente no disco The Fat of the Land, de 97, que lançou o trio ao mainstream.
Dali, o Prodigy tocou Omen, também do disco novo, e desenterrou Poison, gravada no CD Music for the Jilted Generation, de 1994. Antes de retornar ao set novo, o trio também tocou Spitfire, faixa que está em Always Outnumbered, Never Outgunned, álbum de 2004 que não recebeu boas críticas, mas tem sua cota de seguidores.
Sempre mantendo as batidas no máximo, Liam Howlett, como havia dito em entrevista ao Terra, confirmou que o set do trio ganha intensidade ao vivo e em lugares fechados, caso da Via Funchal e diferente da passagem da banda em 2006, quando foi atração do Skol Beats, no Anhembi.
Outro ponto positivo para a apresentação do Prodigy se dá pela presença do baterista Leo Crabtree, que inclui elementos mais orgânicos aos arranjos e insere batidas extras ao que está presente nas programações de Howlett.
Já sobre as perfomances de Maxim Reality e Keith Flint, impossível não reparar no vigor da dupla. Enquanto o primeiro convoca o público constantemente e dá gritos estridentes, o segundo corre por toda a extensão do palco e abusa das caretas e gestos para a plateia.
Para a etapa final, o Prodigy guardou Firestarter, Run With The Wolves, Invaders Must Die e deixou Smack My Bitch Up, um dos maiores hits, para fechar a parte principal do show. Depois de uma breve pausa e muitos gritos da plateia, o trio retornou ao palco para se despedir com Take Me to the Hospital e Out of Space.
Tocando para um público totalmente misturado e incluindo pessoas de diversos segmentos, o Prodigy compilou um setlist breve, mas intenso fazendo todos pularem do começo ao fim.
O trio britânico ainda se apresenta neste sábado (24) no Citibank Hall, no Rio de Janeiro.
Confira o setlist:
1.World's On Fire Pla
2.Breathe / Breathe (dubstep beats)
3.Omen
4.Poison
5.Spitfire
6.Warrior's Dance
7.Firestarter
8.Run With The Wolves
9.Voodoo People
10.Omen Reprise
11.Invaders Must Die
12.Diesel Power
13.Smack My Bitch Up
Bis:
14.Take Me to the Hospital
15.Out Of Space
