Histeria pelo Evanescence marca 2º dia do Maquinária em SP
Em seu segundo dia de festival em São Paulo, realizado na Chácara do Jóckey, neste domingo (8), o Maquinária teve seu line up baseado em atrações com mais apelo ao público jovem. Resultado: uma maré de adolescentes com camisetas pretas, em maior parte do grupo Evanescence, principal banda da noite, viu shows de Duff McKagans Loaded, banda do ex-baixista do Guns 'n' Roses, dos japoneses do Dir En Grey, Panic At The Disco e da banda liderada pela cantora Amy Lee.
» Leia a entrevista com Amy Lee
Com uma nova formação de instrumentistas e ainda em fase embrionária do novo disco, Amy Lee não se arriscou muito e explorou o set list da forma mais segura com as toneladas de hits acumulados em Fallen (2003) e The Open Door (2006). Embora o grupo esteja longe dos palcos há algum tempo, é impressionante a fidelidade dos fãs com o Evanescence. Grudadas na grade, meninas choravam e gritavam a cada verso e refrão executado.
Após uma introdução apenas na bateria, a carismática Amy Lee assume o palco para o delírio dos fãs com o hit Going Under. Os seguidores góticos da cantora puderam ver a americana com um vestido predominante preto, mas com vários detalhes e tecidos coloridos, fugindo um pouco do monocromatismo habitual. Dali em diante, a vocalista, que afirmou ao Terra que não iria incluir novas músicas no repertório, apresentou canções famosas como Call Me When You're Sober, Sweet Sacrifice, My Immortal, Lacrymosa e Bring Me To Life.
Em um momento mais intimista, um piano de cauda é levado ao meio do palco para a cantora executar canções como Missing e Good Enough. As constantes lágrimas das fãs grudadas na grade tomam conta nesse momento.
Embora o grupo tenha enfrentado algumas dificuldades técnicas logo no início da apresentação, a pausa que durou cerca de 5 minutos não tirou o contagiou de Amy, que notou a histeria de seus fãs no Brasil. "Vocês não são normais", disse.
Panic At The Disco
Já o Panic At The Disco, liderado por Brenda Urie, também enfrentou um novo desafio no palco. Fora o vocalista, apenas o baterista Spencer Smith é da antiga formação. Estreando o guitarrista Ian Crawford e o baixista Dallon Weeks, o grupo se apresentou no ápice da chuva que atingia a Chácara do Jóckey e não conseguiu empolgar muito o público.
Alguns fãs do grupo Evanescence chegaram a pedir a entrada da banda de Amy Lee na pausa de algumas canções. Mesmo assim, a banda cumpriu sua tarefa com alguns sucessos como I Write Sins Not Tragedies e The Only Difference Between Martyrdom and Suicide Is Press Coverage.
Mostrando claramente a falta de entrosamento, ainda em virtude dos novos integrantes, o grupo sofreu um pouco para manter o repertório interligado e segurar a atenção dos fãs. O bom humor de Brendan ajudou a quebrar um pouco o gelo. "Ontem experimentei a caipirinha daqui e ela é bem melhor do que a feita nos Estados Unidos", brincou.
Duff McKagans Loaded
Embora o horário não fosse o ideal para Duff McKagan, lendário baixista do Guns 'n' Roses, mostrar sua banda por aqui pela primeira vez, foi suficiente para o grupo fazer sua estreia em terras brasileiras. Para encerrar, o cover de Easy, de seu antigo grupo, colocou a plateia pulando durante toda sua execução. Quem já estava acostumado com Duff assumindo os vocais em seus projetos paralelos também pode relembrar Attitude, canção do Misfits que já foi tocada várias vezes pelo baixista.
Dir En Grey
Já os japoneses cheios de pose do Dir En Grey mostraram que já possuem sua cota de fãs brasileiros. Com guitarras sempre pesadas e vocais oscilando entre o melódio e o grito,alguns refrãos indecifráveis em japonês eram gritados por boa parte da plateia. Presença de palco também não foi problema. Gestos exagerados, poses de guitar heros e uma performance marcante do baixista Toshiya foi suficiente para deixar o show na lembrança de seus fãs.
