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Emocionada, Alcione é amparada em velório de Emílio Santiago

20 mar 2013 - 14h30
(atualizado às 18h57)
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Foto: Mauro Pimentel/Terra

Muito emocionada, Alcione foi ao velório do amigo Emílio Santiago, nesta quarta-feira (20), na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. O espaço foi cedido pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes. 

Ao se aproximar do caixão, que está coberto com as bandeiras do Botafogo e do Centro Cultural Cartola, chorou muito e precisou ser amparada por amigos. "Tem hora que me sinto até viúva do Emílio. Ele era tudo, era como se fosse da minha família. Um grande irmão, um grande amigo”, disse Alcione pouco antes de se retirar do local.

Zélia Duncan também compareceu ao velório, mas não quis falar com a imprensa. Sentou-se ao lado de Alcione, com quem conversou por um longo período e consolou a amiga. O corpo do cantor foi recebido com aplausos ao chegar ao local.

A atriz Marília Pêra também esteve na Câmara para se despedir do amigo e aproveitou para elogiar o talento musical do cantor. "Todos os espetáculos que fiz, o Emílio estava na plateia. Ele sempre ia prestigiar. Tinha uma técnica vocal apuradíssima, um timbre especialíssimo. Uma coisa divina”, comentou.

Elba Ramalho foi outra artista que destacou os dotes musicais de Emílio. “Dediquei uma missa a ele mais cedo. Depois de Cauby Peixoto, é nossa melhor voz. Um timbre maravilhoso. É uma grande perda”, disse ela. “Tínhamos uma grande amizade, já fomos vizinhos. Era uma pessoa amável e encantadora", completou.

A atriz Bete Mendes, por sua vez, relatou que foi um choque descobrir que o amigo havia morrido. "Era grande amiga e admiradora dele. Ele era a maior voz do Brasil, a maior das Américas. Levei um baque quando soube, não queremos isso tão cedo, ele era novo”, comentou. “Desejo que ele fique lá de cima iluminando a gente. Ele sempre foi uma estrela. Emílio só me deu alegrias, em todos os momentos. Só tenho lembranças boas dele", finalizou ela.

Padre Marcos William, da Basílica Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rezou durante o velório. Após a oração, o público presente cantou Saigon, e em seguida, Ave Maria, puxada por Elba Ramalho. 

Emílio Santiago morreu na manhã desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, devido a um AVC (Acidente Vascular Cerebral). O enterro será na quinta-feira (21), no Memorial do Carmo, às 11h.

De advogado a cantor de MPB

Emílio Santiago nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de dezembro de 1946. Apesar de ser formado pela Faculdade Nacional de Direito, a música sempre falou mais alto em sua vida. No ínicio, foi influenciado por cantores como Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Anísio Silva. Depois, deixou-se levar pela bossa nova e a voz e violão do ícone João Gilberto.

Ainda na faculdade, começou a cantar em festivais e participou do programa de calouros A Grande Chance, apresentado por Flávio Cavalcanti, que o levou a gravar o primeiro compacto: Transas de Amor. Em 1975, gravou seu primeiro disco, intitulado Emílio Santiago, que o levou a ser conhecido nacionalmente. Em 1982, venceu o festival MPB Shell, da TV Globo, cantando Pelo Amor de Deus.

Chegou a cantar em diversos bares e casas noturnas no Rio de Janeiro e em São Paulo e, em 1985, foi escolhido como melhor intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo. Três anos depois, recebeu o convite de Roberto Menescal e Heleno Oliveira para fazer o primeiro disco da série Aquarela Brasileira, releitura de músicas clássicas da cultura brasileira. O projeto de sete discos foi um sucesso imediato e a série ultrapassou a marca de quatro milhões de cópias vendidas.

Apresentou-se na Europa e nos Estados Unidos e chegou a ser comparado a Johnny Mathis pelo crítico Stephen Holden, do New York Times, que o viu certa vez en um show no Ballroom, em Nova York. Em 2000, assinou com a Sony Music e gravou Bossa Nova, uma grande regravação de clássicos do gênero.

No ano seguinte, gravou Um sorriso nos lábios, tributo a Gonzaguinha e João Donato. O último disco de Emílio Santiago foi Só Danço Samba (Ao Vivo), lançado em 2012, o primeiro pelo selo de sua propriedade, a Santiago Music. Ao longo de sua carreira, Emílio Santiago lançou mais de 25 álbuns e quatro DVDs. Em 2013, ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode, por seu último trabalho.

Colaborou com esta notícia o internauta José Carlos Pereira de Carvalho, do Rio de Janeiro (RJ), que participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Fonte: Terra
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