Em clima de festa, Calle 13 e Pitbull encerram Telefônica Sonidos
A interação entre a música latina e brasileira, proposta do festival Telefônica Sonidos, foi a base do dia de encerramento do evento, que terminou neste sábado no Jockey Clube, em São Paulo. Depois de uma apresentação marcante entre Yamandu Costa e Alfredo Rodríguez, a música instrumental deu lugar ao ritmo dançante do palco principal.
Pouco antes das 23h, foi a vez do grupo Calle 13 tomar o palco. A numerosa banda, liderada pelo vocalista René Pérez, ou Residente, empolgou todo o público com seu clima festivo e ritmo dançante. "Quero ver todos pulando. Eu falo pouco português, mas quero ver todos brincando agora", disse o líder.
Sem pestanejar, o público correspondeu e fez parte da grande festa liderada pela banda de Porto Rico, que aproveitou sempre para passar sua mensagem política em espanhol e inglês para a compreensão de todos. Residente falou sempre que pôde da união dos povos da América Latina e da necessidade do povo de não ser dominada por seus governos.
Com presença de palco de sobra, a Calle 13 empolgou todos os seus fãs no Jockey Clube e preparou seus seguidores para o show de Pitbull, que assumiria a apresentação pouco depois. Por volta das 00h30, o rapper apareceu no palco para o delírio dos presentes. Com todo seu estilo característico de "cafetão", Pitbull desfilou seus hits no repertório e fez o suficiente para colocar o público para dançar.
"Queria falar com todas as pessoas de São Paulo e até passar essa mensagem para todos do Brasil", disse o rapper, que apostou em todos os samplers baseados em hits radiofônicos nas bases de suas canções.
Famoso pelas danças sensuais provocadas por sua música, Pitbull conduziu o público por seus sucessos com bases de canções já consagradas como Smells Like Teen Spirit, do Nirvana, e Seven Nation Army, do White Stripes.
Para agradar o público brasileiro, Pitbull escolheu hits certeiros que fizeram sucesso nas rádios nacionais. Entre os samplers que usou estavam Glamurosa (Rainha do Funk), de MC Marcinho
, e o tradicional
Rap das Armas, cantado em coro por todos os presentes.
Para finalizar a noite, a Calle 13 voltou ao palco, desta vez acompanhada dos brasileiros da banda Monobloco, fechando o festival com seu principal foco: a interação entre a música da América Latina.