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'É claro que o Kiss é mercenário. Todos são. Nós só fazemos melhor', diz Gene Simmons

Prestes a se apresentar no Summer Breeze Festival como atração principal da sexta, 26, lendário baixista falou ao 'Estadão' sobre sua relação com Donald Trump, reafirmou que o rock 'está morto' e elogiou Taylor Swift

23 abr 2024 - 09h57
(atualizado às 18h17)
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Aos 74 anos, Gene Simmons guardou a maquiagem e pendurou a armadura. Isso não quer dizer, contudo, que sua máquina de guerra interna parou de funcionar. Para o lendário roqueiro, há vida após o (suposto) término do Kiss. Em entrevista ao Estadão, por telefone, Simmons revelou detalhes dos projetos futuros da banda, que incluem um filme da Netflix e um espetáculo de avatares; de sua relação com Donald Trump e da duradoura ligação com o Brasil.

A primeira apresentação do baixista após o fim do Kiss será no festival Summer Breeze, que ocorre entre os dias 26 e 28 de abril na capital paulista. "Vamos nos divertir, tocar as músicas que todo mundo conhece e outras que nunca foram executadas ao vivo. Será um som mais pesado e direto. Terei grandes músicos comigo e estou ansioso em retornar a São Paulo", conta Gene, destacando a qualidade de sua banda de apoio, formada pelos guitarristas Brent Woods e Jason Walker, e pelo baterista Brian Tichy.

"É o fim do Kiss, mas também é o início do Kiss. É como uma lagarta: quando parece que ela está morta, ressurge e se transforma em borboleta", compara Gene, sem revelar detalhes da futura cinebiografia da Netflix sobre o quarteto. "Não posso dizer muito, mas está a caminho. Também teremos um show na Broadway, uma animação e muito mais".

Ninguém discute que o Kiss também é uma referência empresarial no showbusiness. A banda enriqueceu aos montes e valorizou sua marca licenciando milhares de produtos de publicidade, desde videogames e bonecos a caixões e camisinhas - sofrendo críticas por isso até hoje.

Ao ser questionado sobre o novo projeto de shows de avatares da banda, criados com inteligência artificial sob investimento de R$ 200 milhões, e por quais motivos as pessoas sairiam de casa para assistir a um espetáculo digital, Gene apenas respondeu: "Espere e veja".

Se o Kiss está renascendo, para Simmons o rock já morreu e quem o matou foram os fãs. "Entre 1958 e 1988, você teve Elvis, Beatles, Stones, Bowie, Prince, U2... De 1988 até hoje, são quase 40 anos, quem é o próximo Elvis?... E isso começou quando o Napster surgiu e os fãs começaram a baixar músicas de graça. Se você tem uma banda nova, não consegue sobreviver", reafirma, numa declaração recorrente do artista.

Com o Kiss fora do mercado de shows, ele opinou sobre as melhores performances da atualidade: "A P!nk é muito boa, fora do comum. Rammstein é incrível. Sempre gosto de ver o Metallica. E o show da Taylor Swift também é muito bom", destaca, antes de revelar algumas ideias para sua carreira solo. "Anos atrás, eu e o Tony Iommi, do Black Sabbath, falamos de montar um trio chamado 'The Monsters'. Também tenho outra banda de apoio em que posso fazer material novo, mas não estou planejamento muito adiante, só curtindo."

Para Simmons, o rock morreu e a culpa é dos fãs
Para Simmons, o rock morreu e a culpa é dos fãs
Foto: JF Diorio/Estadão / Estadão

Por fim, o roqueiro diz acreditar que Trump retornará à Casa Branca. "Não é o que a América precisa nesse momento, mas não há alternativa. Biden é um bom homem, mas é muito velho. E conheço o Trump desde antes da política. Tivemos uma relação social, de clubes, garotas, essas coisas... A política, em muitos países, inclusive no Brasil, sobe e desce. E muitos presidentes que não deveriam ser presidentes se tornam presidentes, se é que você me entende".

Gene Simmons Band

  • Onde: Summer Breeze Festival
  • Data: 26 de abril de 2024
  • Local: Memorial da América Latina, em São Paulo
  • Preços: R$ 565,00 a R$ 3.570,00
Estadão
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