D'Angelo, ícone do soul e R&B, morre aos 51 anos
Cantor norte-americano faleceu vítima de câncer no pâncreas, com carreira consagrada por prêmios e influência artística duradoura
O mundo da música perdeu um de seus grandes nomes: o cantor e compositor D'Angelo morreu aos 51 anos nesta terça-feira (14). As informações são da revista Variety.
A causa da morte foi câncer no pâncreas, diagnóstico que não havia sido divulgado publicamente antes do falecimento. A notícia abalou fãs e artistas que reconhecem o impacto profundo que ele teve no cenário do soul e do R&B contemporâneo.
D'Angelo, nascido Michael Eugene Archer, foi um dos principais responsáveis por revitalizar o gênero neo soul nos anos 1990 e 2000. Com uma sonoridade que mesclava influências do funk, gospel, jazz e hip-hop, ele conquistou reconhecimento internacional e se tornou referência para uma geração de músicos. Seu estilo vocal suave e emocional, aliado a arranjos sofisticados, marcou uma era e influenciou artistas como Alicia Keys, John Legend e Frank Ocean.
D'Angelo conquistou grandes prêmios durante sua carreira
O cantor acumulou quatro prêmios Grammy ao longo de sua carreira. Entre os destaques estão os troféus de Melhor Álbum de R&B com Voodoo (2001) e Black Messiah (2016), além das categorias de Melhor Canção de R&B por Really Love e Melhor Performance Vocal de R&B com Untitled (How Does It Feel), esta última considerada por muitos como sua obra-prima. A faixa se tornou um símbolo de sensualidade e expressão artística, com um videoclipe que permanece icônico até hoje.
Apesar de sua influência, D'Angelo manteve uma postura discreta ao longo dos anos, evitando os holofotes e priorizando a qualidade artística em detrimento da exposição midiática. Seus álbuns eram lançados com longos intervalos, mas sempre recebiam aclamação da crítica e do público. Black Messiah, por exemplo, foi lançado após 14 anos de silêncio e abordava temas políticos e sociais com profundidade e sensibilidade.
A morte de D'Angelo representa uma perda irreparável para a música negra norte-americana. Seu trabalho não apenas resgatou elementos clássicos do soul, como também os reinventou para o século XXI, criando pontes entre tradição e inovação.
Ele também era conhecido por seu perfeccionismo em estúdio, sua habilidade como multi-instrumentista e sua dedicação à autenticidade.
*com uso de Inteligência Artificial na pesquisa sobre o assunto
The Music Journal Brazil
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