CJ Ramone fala sobre shows no Brasil e Dia do Rock
Em passagem pelo Brasil com uma turnê em homenagem ao Ramones, lendário grupo punk desfeito em 1996, o baixista CJ Ramone, que tocou com a banda entre 1989 e 1996, conversou com o Terra sobre o tributo e o Dia do Rock, celebrado no último dia 13 de julho.
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"Sempre sei como os shows serão aqui. Eles são bons, sempre são bons. Na América do Sul, não só no Brasil, parece que aqui os fãs reagem mais à música do que pelas letras", disse o baixista. No último dia 7, o músico se apresentou em São Paulo, no clube Outs, na turnê que ainda incluiu Fortaleza, Goiânia, Brasília, Recife e Araraquara. "É bom tocar para pessoas que entendem o que você está fazendo, que sabem o que você está sentido no palco", explicou.
O tributo, explica CJ, veio em função da vontade dos fãs de ouvirem os sucessos do extinto grupo nova-iorquino. "Fiz uma turnê com a minha antiga banda, a Bad Chopper. Mas realmente os fãs querem ouvir mais músicas dos Ramones e comentei com a minha mulher, e ela achou uma boa ideia", disse.
Para acompanhá-lo, o baixista recrutou Daniel Rey, guitarrista que já tocou em alguns grupos punks e produziu diversos álbuns do grupo. "Ele trabalhou como Ramones mais tempo que eu mesmo e era minha única escolha para guitarrista. Falei com o Marky, mas ele não estava interessado", afirmou.
Dia do Rock
Comemorado no último dia 13, o Dia do Rock tem trilha sonora óbvia para CJ: Ramones. "Acho que provavelmente é Blitzkrieg Bop. Nada melhor que um 'Hey Ho Let's Go'. Tomar uma cerveja e escutar Ramones apreciando o que o rock trouxe para nossa cultura", disse.
O baixista ainda criticou a imagem deturpada que a sociedade tem do rock. "As pessoas podem falar muitas coisas ruins sobre o rock. Sobre as drogas e muito isso, muito aquilo", afirma.
Para CJ, a contribuição do gênero é maior do que se é disseminado. "O rock fez muito mais por nossa cultura do que as artes mais requintadas. As artes requintadas são para as pessoas ricas. O rock é para os trabalhadores, é isso".
