Biografia de Cássia Eller equilibra polêmicas e a essência da cantora, mas deve ser lida com cuidado
'Eu Queria Ser Cássia Eller - Uma Biografia', do jornalista Tom Cardoso, abre pouco espaço para o contraditório, mas se vale da distância no tempo e ganha com a língua solta dos entrevistados
Eu Queria Ser Cássia Eller - Uma Biografia (Harper Collins Brasil), escrita pelo jornalista Tom Cardoso, beneficia-se de algo que pode ser vilão ou aliado dos biógrafos: o tempo. Da mesma maneira que a passagem dele pode fazer com que lembranças desapareçam no ar, costuma também acomodar feridas e traumas - e soltar a língua dos entrevistados.
O livro de Cardoso avança pouco em relação aos fatos já narrados em A História de Cássia Eller - Apenas Uma Garotinha, de Ana Claudia Landi e Eduardo Belo, de 2005, o primeiro a mergulhar na vida e carreira de Cássia, quatro anos após a morte da cantora.
Por outro lado, passados mais de 20 anos da morte de Cássia Eller (ela nasceu em 10 de dezembro de 1962 e morreu em 29 de dezembro de 2001), amigos, produtores e ex-empresários da cantora se sentiram muito mais à vontade para falar, por exemplo, sobre questões como o vício de Cássia em cocaína, no qual o jornalista apoia boa parte da narrativa da biografia.
- Eu queria ser Cássia Eller - Uma Biografia
- Tom Cardoso
- HarperCollins
- 302 páginas
- R$69,90 (livro); R$49,90 (E-book)