RJ: Menino com síndrome rara trocar cadeira de rodas por skate
História de Yohan, de 5 anos, mostra como o skate transformou sua autonomia e inspirou pacientes e profissionais do CASF
Menino de 5 anos com síndrome rara troca cadeira de rodas por skate, conquista autonomia e inspira pacientes e profissionais do CASF em Nova Iguaçu.
Yohan nasceu no dia 1º de abril com síndrome da regressão caudal, uma condição rara que impede o movimento das pernas. Aos cinco anos, ele mostrou que quem mentiu foi quem desacreditou da sua capacidade de vencer qualquer adversidade.
A história do menino foi divulgada pelo site da Prefeitura de Nova Iguaçu (RJ), que acompanha sua trajetória no Centro de Atenção em Saúde Funcional Ramon Pereira de Freitas (CASF).
É na companhia do skate, seu melhor amigo, que Yohan chega ao CASF para o seu tratamento. O skate, mais do que um equipamento, tornou-se extensão do seu corpo e símbolo da sua autonomia.
“Ele largou a cadeira de rodas e não quer saber de outra coisa. Hoje está mais independente, e isso era tudo que a gente queria”, contou sua mãe, Tatiana.
O skate garantiu ao pequeno Yohan mais agilidade e confiança. Quem o acompanha de perto percebe o quanto ele evoluiu, conquistando independência e vivendo com o entusiasmo típico de uma criança de cinco anos. Assim, os corredores do CASF transformaram-se em verdadeiras pistas de seu campeonato particular.
“A gente reconhece que ele chegou pelo barulho do skate. O Yohan virou sensação aqui no CASF. Evoluiu muito e ainda motiva todo mundo”, conta Ana Paula Lopes, fisioterapeuta do setor aquático.
Tatiana lembra que o amor pelo skate surgiu quando Yohan tinha apenas dois anos, durante um passeio na Quinta da Boa Vista. Ele viu outra criança brincando e foi amor à primeira vista. Desde então, o skate se tornou seu companheiro inseparável.
Inocência que inspira e transforma
Yohan, que mudou a rotina do CASF com sua confiança na vida, se tornou inspiração para outros pacientes. Rogério Ramos, de 53 anos, que perdeu uma das pernas após complicações da diabetes, conta que o pequeno skatista virou combustível em dias difíceis.
“Tem dia que a gente chega meio pra baixo. Aí ele passa com o skate, sorrindo, e muda tudo. Ele ensina a gente a olhar a vida de outra forma”, afirma.
