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Marcio Guimarães lança primeiro álbum autoral e fala sobre solidão criativa, Rita Lee e novo momento na carreira

Depois de dividir os palcos com Mel Lisboa e celebrar Alcione em cena, Marcio Guimarães transforma memórias e silêncios da pandemia

5 nov 2025 - 13h11
(atualizado às 14h05)
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Com mais de três décadas dedicadas à música e uma trajetória marcada por grandes parcerias, Marcio Guimarães vive uma nova fase na carreira. Conhecido por seu trabalho como diretor musical em produções como Rita Lee - Uma Autobiografia Musical e Dona Ivone Lara - Um Sorriso Negro, o artista agora se lança em um projeto pessoal e íntimo: o álbum Anacoreta Blue, seu primeiro trabalho autoral.

Márcio Guimarães lança primeiro álbum autoral
Márcio Guimarães lança primeiro álbum autoral
Foto: Divulgação / Contigo

Gravado entre dezembro de 2022 e agosto de 2023, o disco reúne dez faixas que funcionam como crônicas sociais e poéticas, com arranjos que mesclam textura urbana e ritmos brasileiros. Produzido de forma independente, o álbum nasceu da necessidade de expressão em meio ao isolamento da pandemia, um período que Marcio define como um divisor de águas.

A solidão que virou som

Durante a pandemia, o músico viu a rotina de shows e gravações parar completamente. Foi nesse silêncio que nasceu a semente de Anacoreta Blue. "Eu tive a sorte de trabalhar com muitos ídolos meus, meu caminho sempre foi aberto para o bom acaso. Acontece que, na pandemia, eu precisei me isolar de todos, incluindo meus ídolos, e sobreviver estando só. A partir disso, comecei a fazer lives semanais e tocar um pouco de violão pra não me sentir tão sozinho. Neste contexto, comecei a mostrar composições e me surpreendi com o retorno do pessoal. Depois desse período difícil de isolamento, percebi que estava na hora de gravar minhas próprias canções", revelou Marcio.

Essa urgência artística se transformou em um trabalho de fôlego e afeto. O resultado é um disco que, além da sonoridade refinada, carrega o peso e a doçura de quem aprendeu a transformar o isolamento em criação.

Um estúdio vivo e um serrote inusitado

Com poucos dias de gravação e muita intensidade, Anacoreta Blue nasceu quase como uma performance ao vivo. "Os dias de gravação do álbum foram poucos e intensos. Gravamos tudo, praticamente, ao vivo e acredito que o mais inusitado foi gravar um serrote na faixa 'Quem Tem Explicação'. Tirando o músico que tocou, essa foi a primeira experiência com esse 'instrumento' pra todos que estavam presentes. Estar no estúdio é ter um tempo diferente. A escuta e a atenção aos mínimos detalhes deixa nossas antenas ligadas e o tempo passa despercebido".

Segundo o artista, gravar também é um exercício de autoconhecimento. "Ouvir a si próprio é um exercício que requer uma certa experiência. É desconfortável num primeiro momento, mas trabalhar em estúdio sempre me moveu, e quando estamos fazendo o nosso trabalho, o tempo é ainda melhor aproveitado".

Um projeto feito no silêncio

Mesmo em meio ao sucesso do musical Marrom, que homenageia Alcione, Marcio mergulhou na produção de seu disco em completo recolhimento. "Apesar de estar em cartaz com o musical Marrom, não tive contato com ninguém que não tenha participado do álbum nos períodos de gravação. Este disco foi um trabalho feito no silêncio, e, na segunda metade da produção, abri um financiamento coletivo pra finalizá-lo. Aí sim tive o privilégio de ser ajudado por grandes figuras da cultura nacional, tomei muitos bons sustos nesse tempo!", contou o artista.

O músico destaca que o apoio recebido foi essencial não apenas no aspecto financeiro, mas emocional. "Esse meio de fomento traz uma dose de afetividade que é tão ou mais importante que o dinheiro arrecadado em si. Me senti prestigiado e trago essa boa lembrança pro trato que tenho com o trabalho. Por fim, ele não é só meu, mas sim um trabalho de comunhão de recursos e afetos."

Rita Lee como referência e farol

Grande parte da carreira de Marcio está ligada ao teatro musical, especialmente às montagens que homenageiam Rita Lee. O artista atuou como diretor musical em Rita Lee - Uma Autobiografia Musical, estrelado por Mel Lisboa, parceria que também deu origem ao show Mel Lisboa Canta Rita Lee.

"A Rita é mais referência que influência pra mim. Qualquer brasileiro sabe as letras das músicas dela de cor, e sua obra é fenomenal! Eu falo de guerra em uma das faixas do disco, 'Veneno Hereditário'. Gosto muito dessa faixa, mas preferia ter feito 'Alô Alô Marciano', que também fala em guerra, mas tem um humor e leveza que é marca da Rita. Para falar a verdade, não sei quanto de Rita o meu trabalho tem, mas o trabalho dela me construiu".

Essa relação de admiração também se estende à parceira de palco Mel Lisboa: "Eu trabalho com a Mel desde o primeiro musical sobre a vida da Rita. A peça 'Rita Lee Mora ao Lado' foi montada em 2014 e tem Marcio Macena e Débora Dubois na direção, assim como o espetáculo atual. O show com a Mel nasceu de um convite que me fizeram pra tocar Rita, e nós fechamos essa parceria. Deu e está dando super certo!"

O futuro de Anacoreta Blue

O disco marca um recomeço e um convite a novas possibilidades."Eu espero que Anacoreta Blue abra espaço pra que eu possa gravar muitos outros e registrar tantas canções que fiz pra trilhas e/ou pra desopilar o fígado. Se eu tiver a oportunidade de apresentar ele ao vivo, também não perderei a chance".

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