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Transtorno bipolar: doença exige acompanhamento contínuo e apoio emocional

3 jul 2025 - 02h10
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Conheça os sinais, a importância do diagnóstico e como o suporte familiar pode transformar vidas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o transtorno bipolar afeta 140 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, a doença atinge 2,5% da população, e os sintomas aparecem quase sempre antes dos 30 anos. Famosos como o cantor brasileiro Lucas Lucco e a cantora norte-americana Demi Lovato foram diagnosticados com o transtorno e já falaram publicamente sobre o assunto. Segundo a médica Fernanda Rizzo (CRM-ES 15.099 e RQE 11.882), pós-graduada em Psiquiatria, muitas pessoas ainda associam o transtorno bipolar a simples variações de humor — como ter dias bons e ruins. No entanto, trata-se de uma condição de saúde mental caracterizada por episódios intensos e duradouros de depressão e euforia (mania ou hipomania). Esses episódios podem interferir de forma significativa na rotina, nas relações pessoais e na vida profissional do paciente. Além disso, ela lembra que o transtorno tem um componente genético importante. Entretanto, fatores ambientais e de estilo de vida — como traumas, altos níveis de estresse, sono desregulado e o uso de substâncias — também influenciam no seu desenvolvimento.

Características dos estados de mania e hipomania

De acordo com a médica, a mania é marcada por euforia extrema, impulsividade, agitação, aceleração do pensamento e, em alguns casos, delírios de grandiosidade. Já a hipomania é uma versão mais leve, visto que a pessoa pode parecer mais produtiva, sociável e autoconfiante do que o normal, sem perder totalmente o contato com a realidade. "Apesar de parecer positiva, a hipomania também representa um desequilíbrio e pode levar a comportamentos de risco. Frequentemente, ela passa despercebida até que um episódio depressivo grave a suceda", alerta.

Diferenças do transtorno bipolar das variações normais de humor

Ao contrário das oscilações naturais de humor, os episódios bipolares têm duração de dias ou até semanas e impactam diretamente a vida da pessoa. A especialista esclarece que durante a fase da mania, por exemplo, podem ocorrer comportamentos impulsivos, como gastos excessivos, fala acelerada, redução drástica do sono e sensação de invencibilidade. "Já na fase depressiva são comuns o isolamento, a apatia e até pensamentos suicidas", explica.

Foto: Márcia Piovesan

Dra. Fernanda Rizzo - Foto divulgação

Tratamento

Rizzo comenta que o tratamento do transtorno bipolar inclui o uso de estabilizadores de humor, psicoterapia, e atenção especial ao sono e à rotina. Ela pontua que, com acompanhamento adequado, é perfeitamente possível alcançar estabilidade e qualidade de vida.

O papel de familiares e amigos

A especialista ressalta que apoiar alguém com transtorno bipolar exige empatia, acolhimento e compreensão, sendo fundamental incentivar o tratamento contínuo e evitar julgamentos. "O transtorno bipolar não é preguiça, exagero ou instabilidade emocional passageira. É uma condição médica que requer cuidados. Com suporte adequado, é possível conviver bem com o diagnóstico", finaliza.

Márcia Piovesan
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