Simony é cobrada na Justiça por repórter da Band após perder processo por difamação
Sandra Redivo pede R$ 16,4 mil de indenização e ameaça bloqueio das contas; cantora diz que o caso ainda não está encerrado
Simony enfrenta cobrança judicial de R$ 16,4 mil por difamação contra a repórter Sandra Redivo, que ameaça bloquear suas contas, enquanto a cantora alega que o caso ainda está em análise no STF.
A briga judicial entre a cantora Simony e a repórter da Band Sandra Redivo ganhou um novo capítulo. No dia 10 de julho, Sandra entrou com um pedido na Justiça para cobrar R$ 16,4 mil, valor corrigido da indenização de R$ 15 mil a qual Simony foi condenada a pagar por tê-la acusado, publicamente, de ter sido amante de seu ex-noivo, o empresário Felipe Rodriguez.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
A jornalista afirma que a acusação de Simony foi falsa e prejudicou sua vida pessoal e profissional. “A motivação é que, quando ganhamos um processo, temos que receber. Ela perdeu e tem que pagar”, disse Sandra ao Terra. “Ela apenas tem que pagar a mim e à minha advogada. Se não pagar, vamos bloquear as contas dela.”
A acusação de Simony aconteceu após Felipe Rodriguez ter participado de uma entrevista no podcast de Sandra. A repórter nega qualquer envolvimento amoroso com ele e afirma que as declarações da cantora abalaram sua reputação.
Simony, por sua vez, afirma que o caso ainda não foi finalizado pela Justiça. Em nota enviada ao Terra, a equipe da cantora diz que o processo ainda está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal e que o pagamento da indenização não deveria ser cobrado agora.
Segundo a nota, assinada pelo advogado Jorge Abrão, a cobrança é “prematura” e foi feita antes do fim oficial do processo. A defesa também contesta a certidão que confirma o encerramento do caso e reforça que ainda há um recurso em andamento.
“A controvérsia judicial ainda se encontra pendente de análise definitiva. Acreditamos na reversão do julgamento, por se tratar de uma questão sensível e de relevância constitucional”, diz a nota.
Mesmo com o recurso apresentado, Sandra segue com a tentativa de receber o valor. Caso o pagamento não seja feito de forma voluntária, ela diz que pedirá o bloqueio das contas da cantora. O processo segue em andamento.
CONFIRA A NOTA TÉCNICA À IMPRENSA DE SIMONY
"Em atenção aos questionamentos recebidos por diversos veículos de comunicação, a defesa técnica de Simony Benelli Galasso esclarece que a controvérsia judicial ainda se encontra sub judice, pendente de análise definitiva pelo Supremo Tribunal Federal.
Embora haja decisão de instância inferior determinando o pagamento da condenação, a matéria discutida nos autos envolve questão constitucional relevante, sobretudo quanto à observância dos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório.
O cumprimento de sentença, iniciado antes da consolidação do trânsito em julgado, revela-se prematuro, indevido e contrário às boas práticas jurídicas, comprometendo a segurança jurídica e violando o direito fundamental ao duplo grau de jurisdição, especialmente diante da interposição de recurso com fundamento constitucional, tempestivamente protocolado.
Registra-se, ademais, que eventual certidão de trânsito em julgado já foi formalmente impugnada nos autos, por meio de petições reiteradas, cuja apreciação judicial ainda se encontra pendente.
Trata-se de fato público e de pleno conhecimento da equipe jurídica da Sra. Sandra Redivo, que, inclusive, foi regularmente intimada para apresentar resposta ao recurso extraordinário interposto, evidenciando ciência inequívoca da controvérsia recursal existente.
Reafirmamos nossa confiança na reversão do julgamento anteriormente proferido, por se tratar de matéria sensível, com inequívoco conteúdo constitucional e cujo deslinde repercutirá para além dos interesses das partes.
Por fim, a defesa de Simony acredita na seriedade das instituições, na estabilidade da ordem jurídica e na atuação técnica do Supremo Tribunal Federal na tutela dos direitos fundamentais.
Cordialmente,
Dr. Jorge Abrão".