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Oruam, filho de Marcinho VP, denuncia operação policial no Rio como 'chacina': 'Favela chora'

O rapper criticou a megaoperação contra o Comando Vermelho, que resultou em dezenas de mortes, incluindo policiais; ele lamentou o sofrimento das famílias das vítimas

28 out 2025 - 17h39
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O rapper Oruam, filho do conhecido traficante Marcinho VP, utilizou suas redes sociais para protestar contra a megaoperação policial deflagrada na manhã de terça-feira, 28, no Rio de Janeiro. A ação, que tinha como objetivo desarticular o Comando Vermelho, um dos maiores grupos criminosos do estado, resultou em cerca de 64 mortes, incluindo quatro policiais. O artista classificou a operação como a "maior chacina da história do Rio de Janeiro".

Oruam afirma que vai se entregar após ser alvo de mandado de prisão no RJ
Oruam afirma que vai se entregar após ser alvo de mandado de prisão no RJ
Foto: Reprodução / Contigo

Em seu perfil no Instagram, Oruam compartilhou uma mensagem lamentando o sofrimento das famílias afetadas pela violência policial. "Minha alma sangra quando a favela chora porque a favela tem família. Se tirar o fuzil da mão existe o ser humano", escreveu, enfatizando a dimensão humana do que ele considera uma ação desproporcional da polícia.

Além das mortes, a operação levou à prisão de 81 pessoas e à apreensão de 75 fuzis, de acordo com informações oficiais. Especialistas em segurança pública e organizações de direitos humanos classificam a ação como extremamente violenta e alertam que o uso de força letal em favelas pode gerar ciclos de vingança e intensificar o conflito entre comunidades e policiais.

O histórico de operações policiais no Rio de Janeiro mostra que a letalidade tem sido um problema recorrente. Entre 2020 e 2022, o estado registrou 67 chacinas em ações policiais, resultando em 308 mortes, conforme levantamento da Rede de Observatórios da Segurança. Esses números indicam que operações desse tipo não são isoladas, mas fazem parte de uma estratégia de combate ao crime que frequentemente ignora protocolos de segurança e direitos humanos.

A ADPF 635, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), limita a realização de operações em favelas, estabelecendo critérios que visam proteger a vida de moradores e reduzir a letalidade policial. Apesar disso, ações de grande escala continuam sendo realizadas, gerando críticas de especialistas e intensificando o debate sobre a política de segurança no Rio de Janeiro.

Oruam, que já teve envolvimento com o Comando Vermelho e cumpriu períodos de prisão, é uma figura polêmica, mas seu posicionamento público reflete a tensão entre o direito à segurança e a preservação da vida nas comunidades periféricas. Em entrevistas e publicações anteriores, ele tem se posicionado contra o uso excessivo da força e denunciado que muitos jovens são vítimas de políticas de segurança que priorizam o confronto armado em detrimento de soluções sociais.

Além do impacto imediato nas famílias das vítimas, operações como essa geram repercussões sociais e psicológicas profundas. Moradores de comunidades afetadas relatam medo constante, traumas e desconfiança em relação às forças de segurança. Líderes comunitários e organizações civis reforçam que políticas preventivas, investimento em educação e infraestrutura social seriam alternativas mais eficazes para reduzir a criminalidade a longo prazo, sem colocar em risco vidas inocentes.

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Uma publicação compartilhada por Andréia Matos (@rainhamatos)

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