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Monica Lewinsky deixa entrevista após questão sobre Clinton

"Não foi o que tinha sido acordado"', enfatizou a palestrante e ex-estagiária, em Jerusalém

4 set 2018 - 11h17
(atualizado às 11h46)
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Após dar uma palestra sobre os perigos da internet em uma conferência organizada pelo canal de notícias Hadashot na segunda-feira, 3, Monica Lewinsky concedeu uma entrevista à jornalista Yonit Levi. Porém, o bate-papo foi interrompido assim que a apresentadora sugeriu que iria perguntar sobre a relação dela com o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton. "Ainda espera que Clinton se desculpe?", questionou a popular jornalista, em Jerusalém. Visivelmente abalada, Monica conclui: "Sinto muito, eu não serei capaz de fazer isso". A palestrante abandonou o microfone e saiu do palco do programa que estava no ar, ao vivo, pela Hadashot. Houve aplausos da plateia.

 Monica Lewinsky durante evento em Beverly Hills, na Califórnia, em 2017
Monica Lewinsky durante evento em Beverly Hills, na Califórnia, em 2017
Foto: Danny Moloshok / Reuters

Na página oficial no Twitter, Monica Lewinsky explicou que, um dia antes da realização da entrevista, havia combinado com a produção que não tocaria no assunto. A jornalista chegou a propor a pergunta na reunião, recebendo a recusa de Monica. "Quando ela me fez a pergunta no palco, em flagrante desprezo pelo nosso acordo, entendi que tinham me enganado. Eu saí porque é mais importante do que nunca para as mulheres se defenderem e não permitir que outras pessoas controlem suas narrativas.", escreveu.

Assista ao vídeo:

Em 1998, a relação da ex-estagiária com Bill Clinton foi elemento importante para acusações contra o ex-presidente americano. Todas foram arquivadas. Monica tinha apenas 22 anos na época e Clinton, 49. Em junho de 2018, ele foi perguntado se achava que devia uma desculpa pessoal a Lewinsky. "Não. Eu nunca falei com ela, mas eu disse publicamente em mais de uma ocasião que lamentava", disse Clinton à NBC.

Na palestra que concedeu em Jerusalém, a ex-estagiária falou sobre o trauma causado pelo noticiário na época. Monica Lewinsky desabafou que foi rejeitada inclusive pela igreja à qual pertencia. Ela relatou que ficou quase dez anos em tratamento para depressão. A palestrante criticou o uso que as pessoas fizeram da internet quando divulgaram o escândalo.

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Estadão
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