Junior revela traumas na carreira: 'Algumas críticas não eram saudáveis para uma criança'
Em novo álbum, cantor explora sentimentos, crise no casamento e relacionamento tóxico
-1jy7orqt0u4hi.png "Redação Terra"){kind=small}
O cantor Junior Lima, de 40 anos, revelou que sofreu alguns traumas ao longo de sua carreira. Segundo ele, foi durante a turnê Nossa História, com sua irmã Sandy, que conseguiu curar essas feridas.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Segundo Junior, após pausar a dupla com a irmã, teve dificuldades para se encontrar como cantor. O artista aborda um pouco dessa angústia na música Abstinência, presente em seu novo álbum Solo Vol.2.
"Foi na turnê em 2019 onde me entendi como artista. Veio outro olhar, com maturidade. E me ouvir de novo cantando com voz adulta e amadurecida, tudo fez sentido [...] Tive alguns trauminhas ao longo da carreira com críticas que não eram saudáveis para uma criança, que criou grandes cicatrizes em mim. Por muito tempo, rompi com a minha voz, com o cantar. Olha que loucura? Na época da [banda] Nove Mil Anjos eu tinha certeza que não ia cantar mais... Pra mim, era muito injusto [as críticas]. Comecei a acreditar nas coisas [que ouvia]. Duvidei desse cantor: 'ei, cadê você'?. O dia que entendi o que tinha escrito e me apaixonei por essa música", disse Junior Lima, entrevista ao Gshow.
A canção Abstinência, segundo disse o artista, começou a ser composta quando ele se lembrava de um relacionamento tóxico que teve no passado. Porém, ao longo da produção da música, ele percebeu que foi se reencontrando com sua voz. Essa, assim como outras faixas do álbum, abordam o emocional do músico. Uma das canções, inclusive, fala de uma crise no casamento com a mulher, Mônica Benini.
Casados desde 2014, Junior e Mônica são pais de Otto e de Lara. Assim como Sandy, eles optaram por não expor os filhos publicamente. Criado de frente às câmeras, o cantor vê valor no anonimato.
Por onde anda o elenco do seriado 'Sandy & Júnior'
“É uma necessidade. A gente cresceu num período que era muito invadido, existia muita especulação em cima da nossa vida. E uma coisa alimentava a outra e foi virando uma bola de neve. Nosso reflexo natural foi se guardar porque você começa a se ver muito exposto. E 90% era longe da nossa realidade [...] Chega uma hora que para não sair de controle, você recolhe e mostra o mínimo possível. E hoje em dia o mundo é o contrário, né? As pessoas estão o tempo todo fazendo da própria vida um 'Big Brother.'.. Eu não consigo ter a vida superexposta o tempo todo. Tento encontrar um equilíbrio. E meus filhos não têm nada a ver com minha escolha de ser artista, que fiz também criança, que era a certa para mim. Eu não quero que eles tenham consequências de algo que não escolheram”.
