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Jornal questiona apego de Meghan Markle por privacidade

Veículo britânico está sendo processado por Duquesa de Sussex por invadir sua privacidade

21 set 2020 - 12h38
(atualizado às 14h32)
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Os advogados de um jornal britânico que está sendo processado por invadir a privacidade de Meghan, a esposa do príncipe britânico Harry, argumentaram que ela está satisfeita de ver detalhes de sua vida privada virem a público, citando um livro recente a respeito do casal real.

Príncipe britânico Harry e sua esposa Meghan em Londres
05/03/2020 REUTERS/Hannah McKay
Príncipe britânico Harry e sua esposa Meghan em Londres 05/03/2020 REUTERS/Hannah McKay
Foto: Reuters

Meghan, que tem o título oficial de duquesa de Sussex, está processando a editora Associated Newspapers por causa de artigos publicados pelo Mail on Sunday no ano passado que incluem partes de uma carta manuscrita que ela enviou ao pai, Thomas Markle, de quem está afastada, em agosto de 2018.

Em documentos apresentados à Alta Corte de Londres nesta segunda-feira, os advogados do jornal disseram que "Finding Freedom", uma biografia de Harry e Meghan publicada em agosto deste ano, "tem toda a aparência de ter sido escrita com sua ampla colaboração".

Depois que a biografia foi lançada, um porta-voz do casal disse que eles nem foram entrevistados, nem contribuíram para ela.

Os advogados do Mail disseram que a suposta colaboração de Meghan com os autores do livro é relevante para sua defesa porque leva a crer que ela não se opõe à invasão de sua privacidade, contanto que aprove o que será publicado.

O jornal argumentou que a publicação da carta da duquesa ao pai em fevereiro de 2019 se justifica por sua própria "revanche midiática", que consistiu em entrevistas anônimas concedidas por cinco de suas amigas em seu nome à revista norte-americana People.

Meghan nega que as amigas agiram em seu nome.

Na tentativa de acrescentar a questão do livro formalmente ao seu caso, os advogados do Mail argumentaram que, se seu conteúdo não fosse verdadeiro, seria "inevitável" Meghan processar, o que não está fazendo - o que, segundo eles, indica que o conteúdo é verdadeiro.

"Isto sugere fortemente que os autores foram levados a crer que (Meghan) aprovou o livro", escreveram.

Um dos autores, Omid Scobie, deu um depoimento a favor de Meghan na qualidade de testemunha no qual descreveu a biografia como "um projeto independente e sem autorização". Os advogados do Mail disseram que desejariam interrogar Scobie a esse respeito.

O julgamento tem início agendado para 11 de janeiro, e deve durar entre sete e dez dias. Em um audiência nesta segunda-feira, o tribunal foi informado de que haverá sete testemunhas, quatro das quais comparecerão em nome de Meghan.

Os autos mostraram que a equipe legal de Meghan estimou um gasto de pouco menos de 2,3 milhões de dólares com o caso, o que o Mail disse ser "inteiramente desproporcional às questões abordadas ou à complexidade da queixa".

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