Fernanda Rodrigues revela diagnóstico de câncer e oncologista explica: 'Predisposição'
Fernanda Rodrigues revela diagnóstico de câncer; médica oncologista revela o que está acontecendo com a atriz
A atriz Fernanda Rodrigues, de 45 anos, assustou os fãs ao anunciar através de um vídeo no Instagram nesta segunda-feira (18) que foi diagnosticada novamente com carcinoma basocelular, um tipo comum de câncer de pele. A doença reapareceu na testa da atriz, mesmo após ter passado por uma cirurgia de remoção em 2024. Fernanda explicou que sempre mantém atenção ao próprio corpo e aos sinais, por isso percebeu o retorno de uma mancha na região. Ao consultar sua dermatologista, descobriu que o carcinoma havia voltado, necessitando de um novo procedimento cirúrgico.
O carcinoma basocelular é o tipo mais recorrente de câncer de pele não melanoma, com mais de 220 mil novos casos estimados para 2025 no Brasil. Para esclarecer os aspectos médicos envolvidos na recidiva e prevenção do câncer de pele, conversamos com a oncologista Dra. Sabina Aleixo, que explica os fatores que podem levar ao retorno da doença e as melhores estratégias de prevenção.
Por que o carcinoma pode retornar após a cirurgia?
A especialista explica os principais motivos da recidiva: "O carcinoma de pele pode retornar por alguns motivos. Em alguns casos, mesmo após a cirurgia, podem permanecer células cancerígenas microscópicas na região, que voltam a se multiplicar com o tempo. Além disso, pessoas que já tiveram um câncer de pele apresentam maior risco de desenvolver novas lesões na mesma área ou em outras partes do corpo, devido à predisposição individual e à exposição solar acumulada ao longo da vida. Por isso, o acompanhamento regular com dermatologista ou oncologista é fundamental."
Diferenças entre tipos de câncer de pele
Dra. Sabina esclarece as distinções importantes entre os tipos da doença: "O câncer de pele não melanoma inclui principalmente o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. Eles são os mais comuns, geralmente crescem de forma mais lenta e têm maior chance de cura quando tratados precocemente, sendo a cirurgia a principal forma de tratamento. Já o melanoma é menos frequente, mas mais agressivo. Ele tem maior risco de se espalhar para outros órgãos e pode exigir tratamentos mais complexos, como imunoterapia e terapias-alvo."
A oncologista ressalta ainda os fatores de risco: "Pessoas de pele muito clara, ruivas, com olhos claros ou que sempre se queimam e nunca se bronzeiam têm maior predisposição para desenvolver câncer de pele. Isso reforça a importância de identificar o próprio tipo de pele e adotar medidas de prevenção e acompanhamento de forma personalizada."
A importância da detecção precoce
Sobre a atitude de Fernanda em perceber as mudanças, a especialista enfatiza: "A detecção precoce é decisiva. Quando a pessoa percebe alterações na pele - como manchas, feridas que não cicatrizam ou pintas que mudam de cor e formato - e busca atendimento rapidamente, as chances de um tratamento curativo são muito maiores. Além disso, o diagnóstico precoce evita que a doença avance e exija intervenções mais complexas, prevenindo complicações e até a necessidade de tratamentos sistêmicos. Atitudes como a da Fernanda Rodrigues, que conhece seu tipo de pele que parece ser uma pele que tem mais dificuldade de bronzear. Ela pode observar o próprio corpo e procurar ajuda."
Prevenção é fundamental
Dra. Aleixo finaliza com orientações essenciais de prevenção: "A proteção solar deve ser um hábito diário. Isso inclui o uso regular de filtro solar com fator de proteção adequado, reaplicado ao longo do dia, além de barreiras físicas, como chapéus, óculos de sol e roupas que cubram a pele. Também é importante evitar a exposição solar nos horários de maior intensidade, entre 10h e 16h. Pessoas com histórico de câncer de pele precisam ter ainda mais cuidado: devem manter o acompanhamento médico regular e realizar o autoexame da pele com frequência. A prevenção é a forma mais eficaz de reduzir o risco de novos tumores."