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Cantor britânico exige anonimato em acusações de crime sexual

Cliff Richard foi investigado e inocentado pela polícia devido a alegações de crimes sexuais contra crianças

1 jul 2019 - 11h53
(atualizado às 12h08)
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O cantor britânico Cliff Richard engrossou nesta segunda-feira um coro de figuras destacadas na mídia ao exigir que as pessoas acusadas de crimes sexuais seja mantidas no anonimato até serem formalmente denunciadas.

Cantor britânico Cliff Richard concede entrevista coletiva em Londres
01/07/2019
REUTERS/Simon Dawson
Cantor britânico Cliff Richard concede entrevista coletiva em Londres 01/07/2019 REUTERS/Simon Dawson
Foto: Reuters

Richard, de 78 anos, é um dos nomes mais conhecidos do entretenimento do Reino Unido e foi investigado pela polícia devido a alegações de crimes sexuais contra crianças ao longo dos anos, mas inocentado em 2016. Ele venceu um processo contra a BBC depois que a emissora transmitiu uma operação policial em sua casa.

Pelas regras atuais, supostas vítimas de crimes sexuais têm direito ao anonimato, mas os suspeitos podem ser identificados. A polícia e procuradores argumentaram no passado que identificar acusados de crimes sexuais pode incentivar outras vítimas a se pronunciarem.

Acompanhado pelo radialista Paul Gambaccini e outros apoiadores diante do Parlamento, o cantor veterano, conhecido por sucessos como Living Doll e Summer Holiday, disse ter esperança de que a lei mudará porque as pessoas pensam que "onde há fumaça, há fogo" uma vez que alguém tenha sido acusado de tal crime.

"Eu me senti em um buraco do qual não conseguia sair", disse ele aos repórteres. "Eu me senti abandonado... minha reputação estava em frangalhos. Se um dia superarei isso? Já o deixei para trás".

Um grupo de campanha, que inclui o apresentador e comediante Stephen Fry e o executivo de televisão Michael Grade, iniciou uma petição que será debatida no Parlamento se conseguir mais de 100 mil assinaturas — ela tinha acumulado mais de 6 mil pouco depois do meio-dia.

Gambaccini, que também foi vítima de alegações infundadas de crimes sexuais ao longo dos anos, disse que se tornou alvo de suspeitas e não conseguiu trabalhar até ser absolvido.

Ele disse à BBC que a lei incentiva "todos, de mentirosos a lunáticos", a fazer acusações falsas.

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