Após 4 transplantes, Faustão se torna símbolo de luta pela vida e dos ‘milagres’ da medicina
O apresentador de 75 anos enfrenta desafios com a saúde há dois anos
Um coração novo em agosto de 2023. Um rim recebido em fevereiro de 2024. Um fígado e outro rim em agosto de 2025. Em dois anos, quatro órgãos transplantados em cirurgias de alto risco.
Não há como fugir do clichê: Fausto Silva é um guerreiro. Difícil imaginar o desgaste físico e o efeito emocional de tais procedimentos em um homem com mais de 70 anos.
Além da força intangível, resultante de profunda vontade de viver, o apresentador contou com os recursos avançados da medicina, disponíveis no Hospital Albert Einstein de São Paulo.
Os recorrentes problemas de saúde o fizeram repensar a vida. “Você fala ‘poxa, perdi tempo com tanta besteira’. Tem que ter paciência, resiliência”, disse ao ‘Fantástico’ ano passado. Em raras entrevistas, usou a palavra “bênção” ao comentar a chance de continuar vivo. Nunca declarou religião, mas afirmou ter fé e acreditar na sorte.
Vida reservada
Desde que deixou o ‘Faustão na Band’, em maio de 2023, o apresentador se recolheu em sua mansão no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo. Passou a se dedicar 100% ao bem-estar, com sessões de ginástica funcional e fisioterapia, e idas ao hospital para diálise do rim transplantado.
Ele conta com o apoio e incentivo da mulher, a jornalista e produtora Luciana Cardoso, e dos filhos: a cantora Lara (nascida do casamento dele com a artista plástica e ex-apresentadora Magda Collares) e João Silva (apresentador do SBT) e Rodrigo Silva, da união atual.
Sempre discreto em relação à vida privada, Fausto Silva optou pela transparência controlada ao revelar os transplantes. Informações básicas foram passadas à imprensa, resguardando a privacidade do paciente.
Nas poucas conversas com jornalistas no último ano, ele demonstrou otimismo sobre o futuro, sinalizando a possibilidade de retomar a carreira. “Tem muita gente que ainda tem saudade (de mim)”, declarou à Globo.