'Algo assustador': há 38 anos e muito antes da eleição do Papa Leão XIV, Ilze Scamparini cobriu tragédia histórica no Brasil
Ilze Scamparini é correspondente internacional da TV Globo há quase 30 anos, mas, antes disso, cobriu eventos importantes do Brasil.
Ilze Scamparini é sempre associada à cobertura de eventos históricos ligados à Igreja Católica. Com a morte de Papa Francisco e o novo conclave, que elegeu o Papa Leão XIV, a jornalista teve mais uma oportunidade de mostrar toda sua expertise ao Brasil. O que muita gente não lembra é que, muito antes de se tornar correspondente internacional da TV Globo, a repórter cobriu diversos eventos históricos de seu país natal nos anos 1980.
Ilze ingressou na Globo em 1984 e realizava reportagens para os principais telejornais da emissora, entre eles, o "Jornal Nacional". No ano seguinte, fez sua primeira cobertura histórica: o Rock in Rio de 1985.
Foi em 1988, já como integrante do "Globo Repórter", que Ilze cobriu o maior acidente radioativo fora de uma usina na história do Brasil: o caso Césio-137, em Goiânia. "Ver as pessoas que entraram em contato com o Césio-137 definharem e se encherem de feridas foi algo assustador. O enterro da vitimas no caixão de chumbo foi uma das imagens mais dolorosas pra mim", lamentou, em depoimento publicado no site Memória Globo.
Ilze ainda cita a icônica série "Césio", obra do artista plástico goiano Siron Franco, que denunciava o descaso das autoridades diante do desamparo dos cidadãos. "As obras do artista plástico Siron Franco com a terra de Goiânia passavam uma emoção fortíssima, foram feitas naqueles dias de desespero e de tanta solidariedade, e é impressionante como a arte também possui essa capacidade de contar e denunciar", recordou.
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