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Falem mal, mas falem de GKay, a nova ‘dona’ da internet

Influenciadora desperta admiração e inveja ao produzir com pouco apoio a festa mais midiática do ano

12 dez 2021 - 12h57
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Gessica Kayane ousou e agora é uma supercelebridade
Gessica Kayane ousou e agora é uma supercelebridade
Foto: Reprodução

Goste-se ou não deles, os influenciadores dominam o mundo. E aos artistas da TV, que durante décadas foram tratados como ‘deuses’ por público e mídia, resta admirar o sucesso alheio.

Da noite para o dia, Gessica Kayane, a GKay, foi de uma popularidade restrita ao nicho da internet à fama nacional, sendo a protagonista dos posts e matérias mais lidos da última semana.

A comemoração de aniversário ‘Farofa da GKay’ se tornou o evento do ano no País. Três dias de festa – shows, bebida liberada, farta comida, pegação sem fim e selfies de todos os ângulos imagináveis – em um hotel luxuoso de Fortaleza.

A maior reunião por metro quadrado já vista de influenciadores digitais e youtubers. Todos com o mesmo objetivo: se divertir como se o mundo fosse acabar e aparecer para ‘lacrar’ (afinal, a visibilidade garante status e atrai parcerias comerciais).

Surpreendida, parte da imprensa torceu o nariz para GKay e seu oba-oba à beira da piscina. “Como uma garota consegue fazer uma festa de quase R$ 3 milhões e atrair tantos famosos?”, questionaram alguns jornalistas, ‘mordidos’ por não terem sido convidados.

Muitos de nós, da chamada ‘grande mídia’ (cada vez menor, aliás), ainda temos resistência em admitir o mérito dessa geração que não precisa da TV, muito menos de jornais e revistas, para atingir o estrelato.

Antes, a imprensa era imprescindível a qualquer candidato ao sucesso. Hoje, o jornalismo que lute para sobreviver e corra atrás dessas webcelebridades autossuficientes.

O megaevento da influenciadora de 29 anos foi um show de diversidade e tolerância. Teve cis, trans, hétero, gay, bi, branco, preto, PCD (pessoa com deficiência), magro, malhado, gordo, funkeiro, sertanejo, axezeiro, novinho, quarentão, recatado, abusado, monogâmico, trisal, enfim, ampla representatividade.

Alvo de inveja, GKay passou a ser atacada nas redes sociais. Disseram que é cafona e exibicionista. Chegaram a debochar de sua atual silhueta, um pouco maior do que nas fotos em ensaios fotográficos.

Foi a maneira vergonhosa que encontraram para manifestar o despeito. Aquele recorrente cyberbullying praticado contra quem ousa se destacar e, com isso, involuntariamente, ‘ofende’ anônimos ressentidos que sonham conquistar igual prestígio e não têm a grandeza de felicitar quem já chegou lá.

Gessica Kayane deve ser reconhecida por seu empreendedorismo – produziu a festa com pouco apoio financeiro de terceiros, já que a maioria das empresas procuradas não acreditou no potencial do evento – e a coragem de dar a cara a tapa.

Merece aplausos também pela autenticidade. Ela confessou ter convidado inúmeros homens bonitos com a intenção de “pegar” todos eles. Em um mundo ainda tão machista, que oprime a liberdade sexual feminina, famosas como GKay e Anitta prestam um valioso serviço às mulheres em geral ao falar abertamente sobre desejo e prazer.

O ano é, realmente, das paraibanas. O início de 2021 foi dominado por Juliette, o maior fenômeno de popularidade do ‘Big Brother Brasil’ em todas as edições – de Campina Grande para o topo do sucesso. Agora, às vésperas do fim desse ciclo, GKay triunfa: da pequena cidade de Solânea ao ápice da fama.

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