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Ex-BBB Nego Di é condenado por golpe milionário em Canoas

Influenciador e humorista foi sentenciado a mais de 11 anos de prisão por estelionato envolvendo loja virtual

11 jun 2025 - 15h50
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Justiça nega habeas corpus a Nego Di
Justiça nega habeas corpus a Nego Di
Foto: The Music Journal

A vida de Nego Di, que ganhou projeção nacional com piadas e polêmicas no "Big Brother Brasil 21", ganhou nesta semana um novo e sombrio capítulo. O humorista e influenciador Dilson Alves da Silva Neto foi condenado pela Justiça do Rio Grande do Sul a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por crimes de estelionato.

A sentença, divulgada na terça-feira, 10 de junho, também atinge seu ex-sócio, Anderson Bonetti, e gira em torno de um golpe que enganou ao menos 16 pessoas entre março e julho de 2021.

O esquema foi arquitetado a partir da loja virtual chamada "Tadizuera", que anunciava eletrônicos e eletrodomésticos por preços consideravelmente abaixo do mercado.

Atraídos pela promessa de ofertas irresistíveis, os consumidores nunca chegaram a receber os produtos comprados  entre eles, televisores, aparelhos de ar-condicionado e smartphones  e tampouco conseguiram o reembolso do dinheiro investido.

De acordo com a juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, responsável pela condenação, a dupla não apenas praticou estelionato, mas fez uso de uma imagem pública conhecida e relativamente confiável para tornar o golpe mais crível.

A magistrada foi direta ao afirmar que os réus se aproveitaram da "credibilidade inconteste" de Nego Di para retardar a percepção do crime por parte das vítimas.

Segundo a decisão, a loja operava como fachada, sem qualquer intenção de cumprir o que prometia. O foco do negócio era claro: enganar.

As vítimas, em sua maioria, eram pessoas de baixa renda, e a Justiça classificou o impacto social do crime como altíssimo. A sentença ainda ressaltou que o lucro era proveniente exclusivamente da fraude uma engenharia de trapaça que resultou em prejuízos financeiros e morais para dezenas de consumidores.

O caso, que teve como epicentro a cidade de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, gerou repercussão imediata nas redes sociais, especialmente pela figura envolvida. Nego Di, que construiu carreira na internet e ganhou notoriedade nacional pelo breve, mas barulhento, desempenho no BBB 21, agora enfrenta uma realidade que nada tem de entretenimento.

Nego Di: De influenciador a réu condenado

Desde sua saída do programa, onde foi eliminado com impressionantes 98,76% dos votos, Nego Di manteve uma presença forte nas redes — ora com conteúdos cômicos, ora se envolvendo em novas polêmicas.

Em 2024, por exemplo, ele foi obrigado a remover publicações que espalhavam desinformação sobre as enchentes no Rio Grande do Sul. A Justiça considerou os conteúdos prejudiciais à ordem pública em um momento de crise no estado.

A prisão do humorista ocorreu em julho do ano passado, quando a Polícia Civil desmontou o esquema fraudulento. Apesar da condenação, Nego Di segue em liberdade graças a um habeas corpus, enquanto seu ex-sócio, Anderson Bonetti, permanece preso preventivamente.

A defesa do ex-BBB sustenta que ele não era sócio da empresa e nega qualquer envolvimento na administração da loja virtual. Os advogados afirmam confiar na reversão da sentença nas instâncias superiores.

Enquanto isso, a imagem do comediante  já desgastada por outras controvérsias  sofre mais um duro golpe. Da fama nos palcos e reality shows, Nego Di agora encara os holofotes da Justiça, em uma história que começou com piadas, mas que terminou, ao menos por ora, sem nenhum traço de humor.

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