Estrela de balé cubano Carlos Acosta protagoniza biografia em filme
Para Carlos Acosta, filho de um caminhoneiro negro em Cuba, superar a pobreza, os preconceitos e a política para se converter em uma lenda do balé mundial, escrever suas memórias e fundar uma companhia de dança não foi o suficiente.
O bailarino cubano de 45 anos, que chegou à fama quando era adolescente, animado pelo atletismo e virtuosismo do balé, apresentou nesta semana sua cinebiografia no Festival de Cinema de Havana.
"Yuli" levou o público ao riso, às lágrimas, e à emoção, arrancando fortes aplausos entre os espectadores.
"Esta é a história dos cubanos, não é apenas a minha história", disse Acosta em uma entrevista à Reuters.
"Yuli", dirigida pela espanhola Iciar Bollaín, combina um relato fictício de Acosta baseado em seu livro de memórias "No Way Home", com imagens de arquivo que o mostram dançando em coreografias originais que apresentam episódios de seu passado.
Acosta se aposentou do Balé Royal em 2015. O filme, escrito pelo britânico Paul Laverty, recebeu nesta terça-feira cinco indicações aos prêmios Goya de Cinema Espanhol.