Para (re)ver no streaming: 23 anos depois, ainda não nos recuperamos da revelação final desse filme, que é tão brilhante quanto comovente
Acompanhamos uma extraordinária Nicole Kidman mais hitchcockiana do que nunca em Os Outros.
Ilha de Jersey, 1945. Em uma enorme e isolada casa vitoriana, Grace está criando seus dois filhos sozinha. Acometidos por uma estranha doença, eles não podem ser expostos à luz do dia. Quando três novos empregados chegam para morar com eles, eles devem obedecer a uma regra vital: a casa deve estar em constante escuridão e nenhuma porta deve ser aberta até que a anterior tenha sido fechada. Mas a ordem estrita de Grace está prestes a ser desafiada por intrusos...
Para uma primeira tentativa, foi um golpe de mestre. Em 2001, o diretor hispano-chileno Alejandro Amenàbar lançou seu primeiro filme filmado em inglês: Os Outros. Reunindo seus temas favoritos de morte, infância, solidão, ilusão e aceitação, ele os associou brilhantemente à fantasia e a uma estética gótica, em uma obra cujo roteiro foi inspirado nos filmes Os Inocentes (baseado no romance A Volta do Parafuso, de Henry James) e Desafio do Além.
Destilando habilmente seus efeitos em gotas e gotas dentro de um universo terrivelmente sufocante em torno de uma Grace cada vez mais neurótica, é somente nos últimos 30 minutos que Amenàbar mostra suas cartas. Confira os spoilers abaixo:
Primeiro, vem a revelação sobre a própria natureza do trio de empregados contratados por Grace para cuidar da casa e de seus fil…