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'Navalny', da HBO, levou inimigo de Putin ao Oscar

Roteiro da produção é do tipo que se não fosse verdade pareceria inverossímil

13 mar 2023 - 05h10
(atualizado às 10h12)
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No poder na Rússia desde 1999, Vladimir Putin planeja renovar mais uma vez seu mandato de presidente vitalício em 2024 enquanto enfrenta dois inimigos supostamente mais fracos que ele, porém resilientes. O primeiro e mais conhecido mundialmente é o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski. O segundo é o blogueiro Alexei Navalny, o influenciador digital que protagoniza o documentário de mesmo sobrenome e que levou a HBO a concorrer ao Oscar na categoria. O roteiro é do tipo que se não fosse verdade pareceria inverossímil. Logo na primeira cena, Navalny e o diretor Daniel Rohrer conversam em um bar sobre a possibilidade de aquele material se tornar uma homenagem póstuma, o que estava longe de ser um exagero.

Navalny
Navalny
Foto: HBO Max / Divulgação / Estadão
Navalny
Navalny
Foto: HBO Max / Divulgação / Estadão

LÍDER

Com milhares de seguidores nas redes e nas ruas, o blogueiro tornou-se a principal e mais popular peça de resistência ao regime totalitário de Putin, que usa métodos similares ou até mais cruéis que os do déspota nicaraguense Daniel Ortega. O filme não deixa de fazer perguntas difíceis, como a participação de Navalny em eventos da extrema direita russa, mas o saldo geral é um alerta ao resto do mundo.

VENENO

Em um dos momentos mais tensos, o documentário acompanha o momento em que o russo começa a passar mal dentro de um avião na Sibéria após ser envenenado com uma substância na cueca em agosto de 2020. Navalny, que é uma parceria da HBO com a CNN, segue os passos do ativista no exílio e na Rússia, está preso cumprindo uma pena de 9 anos por fraude e desacato. Vale lembrar que a Rússia considera crime criticar o que chama de operação militar especial na Ucrânia, e a imprensa do país é proibida de noticiar sobre a guerra. A produção mostra também como a imprensa chapa branca russa desqualifica com fake news os adversários do regime sem o menor pudor.

SÉRIE DE OUVIR

A primeira vez que troquei minha playlist com músicas de malhar por uma série foi com o podcast Original Spotify Paciente 63, o pioneiro do ramo. Virou um vício. A história é uma adaptação da versão chilena, chamada Caso 63, criada por Julio Rojas e que foi um sucesso no país vizinho. A primeira temporada da série no Brasil foi lançada em julho de 2021, a segunda, em fevereiro de 2022, e a terceira e última, em novembro do ano passado.

VAI E VEM

Paciente 63 recorre à fórmula da viagem no tempo para contar uma história engenhosa, às vezes um pouco confusa, sobre um homem, papel Seu Jorge, e uma mulher, Mel Lisboa, que se encontram em diferentes linhas do destino e tentam salvar o mundo. Um dos pontos instigantes é apresentar o quadro da pandemia do coronavírus e seus desdobramentos sob a perspectiva de alguém que está no passado e fica sabendo dessa história rocambolesca. Parece completamente inverossímil.

AME OU DEIXE-O

A Amazon Prime colocou no seu catálogo o filme mais esquisitão da lista de favoritos ao Oscar de 2023. Sucesso absoluto entre seguidores da cultura pop, Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo divide opiniões na mesma medida em que coleciona prêmios. O longa é um filme estranho com gente esquisita e uma história nonsense. São muitas cenas de ação com lutas de kung fu e múltiplas reviravoltas em mundos paralelos. Ou melhor dizendo para os iniciados: trata-se de uma viagem no metaverso. Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, não deixa margem para dúvidas. Quem não ama, detesta a ponto de sair no meio da sessão.

Estadão
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