Justiça nega recurso da defesa de Guilherme Fontes
Acusado de sonegação fiscal no arrastado caso do filme Chatô - O Rei do Brasil, Guilherme Fontes teve seu pedido de recurso negado pela Justiça e deverá cumprir sua pena. A decisão divulgada ontem mantém a sentença de 8 de março - da juíza Denise Vaccari Machado Paers, da 19ª Vara Criminal do Rio de Janeiro - que o condena a sete horas por dia de trabalho comunitário durante três anos, um mês e seis dias, e a doar 12 cestas básicas no valor de R$ 1 mil para instituições sociais.
A defesa de Fontes informou que fará mais um pedido de anulação da condenação (o primeiro foi realizado em 19 de abril). "Consideramos a decisão injusta e vamos recorrer", declarou Tiago Martins Lins e Silva, advogado do ator.
Produtor e diretor do filme sobre Assis Chateaubriand, Fontes deve, segundo a Justiça, R$ 258.432,05 em tributos para a cidade do Rio de Janeiro. Sua empresa, Guilherme Fontes Filmes Ltda, que captou dinheiro público entre 1995 e 1997, teria sido registrada no município de Guararema, em São Paulo, mas seria localizada, na verdade, no Jardim Botânico, no Rio. Ele também foi condenado por não ter pago imposto sobre dinheiro recebido como patrocínio. O filme estava programado para estrear em 1997.