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'Five Nights at Freddy's 2' é história boba de personagens rasos e easter eggs para fãs

Sequência faz como o primeiro filme e aposta que os fãs dos jogos e dos livros já são o bastante para fazer a franquia valer a pena nas telonas

9 dez 2025 - 12h46
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Five Nights at Freddy's é um fenômeno. Pode até ser que muita gente simplesmente nunca ouviu falar nada sobre a franquia, mas todos seus números comprovam o sucesso - e o sucesso de coisas nichadas. Os seis primeiros jogos venderam quase 5 milhões de unidades no Steam, no mundo todo, de acordo com dados da plataforma. Nas livrarias brasileiras - as histórias foram publicadas pela Editora Intrínseca -, foram mais de 150 mil exemplares vendidos. E a primeira adaptação para as telonas foi bem: quase US$ 300 milhões em bilheteria no mundo, rendendo uma sequência.

O novo Five Nights at Freddy's 2, em cartaz nos cinemas, continua a história começada lá atrás. Mike (Josh Hutcherson, de Jogos Vorazes) está tocando a vida após os eventos traumáticos do primeiro longa-metragem ao lado da irmã, Abby (Piper Rubio). Só que ela não consegue deixar os animatrônicos para trás. Fica o tempo todo pensando nas criaturas e quer consertá-las, sem saber que foram destruídas. O irmão, enquanto isso, tenta ter um novo romance com Vanessa (Elizabeth Lail, da série Você), também atormentada pelos animatrônicos.

Ou seja: assim como nos jogos e nos livros, a base da história é de alguém tentando lidar com esses animatrônicos possuídos e perigosos. Nenhuma grande novidade, assim.

Uma das criaturas animatrônicas de 'Five Nights At Freddy's 2'
Uma das criaturas animatrônicas de 'Five Nights At Freddy's 2'
Foto: Universal Pictures/Divulgação / Estadão

Enfeitando a história

Para incrementar essa base tão simples e com personagens um tanto anêmicos, o roteiro de Scott Cawthon - o criador da franquia - e a direção de Emma Tammi apostam em colocar easter eggs para os fãs ao longo de toda a produção. Assim como a Marvel coloca piscadelas de roteiro e traz de volta alguns personagens de antigamente, Five Nights at Freddy's 2 quer brincar com a emoção dos fãs. Coloca participações especiais que ninguém mais entende, surpreende com novas versões do animatrônicos e por aí vai.

Os fãs se deleitam com isso.

Five Nights at Freddy's.
Five Nights at Freddy's.
Foto: Universal Pictures/Divulgação / Estadão

Quem conhece pouco ou quase nada vai encontrar uma história boba, de pouca força, que apenas coloca personagens rasos correndo pra lá e pra cá com medo desses robôs gigantes em formato de animais. Não é o bastante sequer para se divertir por 100 minutos, já que todas as sacadas da história são depositadas nessas participações especiais e nessas pequenas piadas que referenciam livros e jogos. Não sobra nada: roteiro, direção, atuações (coitado do Josh Hutcherson), criação visual. Absolutamente nada brilha os olhos.

É um fenômeno que ganhou força nos últimos anos - talvez por conta do streaming, talvez pela dificuldade de produções caríssimas se pagarem. Reduzem o investimento, fazem filmes mais nichados e apostam que fãs de outros produtos comprem a ideia. É uma forma de pensar cinema no mundo de hoje, mas que compartimenta mais as histórias, fecha possibilidades e pensa em bolhas, sendo que o cinema é a arte com mais possibilidades de ir além. Os fãs devem ficar felizes, mas é preciso pensar se este é o melhor caminho.

Estadão
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