'Pantera Negra: Wakanda Para Sempre' é uma avalanche emocional
O filme mostra as facetas da dor, do luto e da perda.
Pantera Negra é uma avalanche emocional. O filme de 2h45 fala sobre perda, luto, sobre se reencontrar no meio do caos e sobre legado.
Com a morte precoce de Chadwick Boseman, o filme faz um tributo ao talento do ator e também ao trabalho impecável que deixou na Marvel e no mundo. Logo nos primeiros momentos de filme, antes mesmo do logo da Marvel entrar, temos uma despedida para T’Challa, que emociona e arrepia.
A partir disso, o roteiro foca na pressão que Wakanda passa a sentir para se reerguer, principalmente Shuri, que precisa lidar com a perda do irmão e as responsabilidades do reino. Com um elenco de mulheres poderosas, como Angela Basset, Danai Gurira e Lupita N’yong, elas carregam os grandes momentos de ação e lutas impecáveis.
O outro destaque vai para Namor, que chega triunfante ao MCU. Bem introduzido, o público entende quem é, de o de veio e quais as motivações do personagem.Porém, quando Wakanda Forever sai do ambiente emocional e tenta embarcar no que já conhecemos de Marvel, muitas vezes o filme se perde.
Prova disso é Iron Heart, que na chega sem deixar nenhuma marca no enredo, a sensação é que ela sempre esteve ali. Por mais que a personagem sirva como alívio cômico e seja um ponto de partida para uma grande batalha, ela fica perdida na história. Outro personagem que também se perde é Everett Ross, que não soma em nada no roteiro e se torna dispensável para a trama.
De modo geral, Pantera Negra: Wakanda Para Sempre acerta ao apontar para o legado e para o que está por vir. Acerta também ao humanizar a dor dos personagens poderosos, ao mostrar a dificuldade em lidar com a perda e com a sede de vingança, acerta em apostar na emoção.
