Diretor de 'Homem-Aranha' diverte com terror repugnante
Ao menos Sam Raimi, em seu novo filme apresentado fora de competição em Cannes, cumpriu a promessa. Aqueles que foram assistir nesta quarta-feira à primeira sessão de Drag Me to Hell estavam ressabiados com a possibilidade de um terror frustrado (e frustrante) como aconteceu com o Anticristo de Lars Von Trier. Nada disso. Raimi, na seqüência da franquia de Homem-Aranha, retoma o gênero que conhece tão bem ao menos desde A Morte do Demônio, outra série que ele deve refilmar em 2010.
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Drag Me to Hell é um genuíno representante do horror do cineasta, baseado em muita ação, bons sustos e banhos de sangue e outros líquidos. Sua heroína ingênua do momento é a jovem Christine (Alison Lohman, de Beowulf), funcionária de um banco que busca sua ascensão quando uma velha cigana, ao ver negado seu pedido de prorrogação de um empréstimo, amaldiçoa a moça.
A partir daí, sempre acompanhada de perto pelo namorado (Justin Long), Christine é perseguida por demônios e tem três dias para evitar sua morte com a ajuda de um mediúnico.
As coincidências de praxe e nem sempre explicadas do roteiro fazem parte de um tom juvenil e não raro cômico que Raimi não faz muita questão de esconder. Desde já, parece ser mais um título cult para a platéia do diretor, mas talvez repetitivo para quem não integra seu fã clube.