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Comidas típicas são atração à parte em Caruaru e Campina Grande

28 mai 2012 - 14h54
(atualizado às 15h40)
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Celso Calheiros
Direto do Recife

Os festejos juninos estão em grande parte representados pela gastronomia da época, com um cardápio farto à base de milho, até porque a festa tem origem rural e está associada à colheita. No entanto, a riqueza à mesa em Caruaru e Campina Grande ultrapassa as barreiras dos doces e salgados feitos do cereal.

Vale estabelecer uma ordem e apresentar um manual prático para aqueles que vão conhecer como é gostoso o São João do Nordeste. Primeiro, vamos ao que é preparado com milho. Canjica, cuscuz, mungunzá, pamonha, bolo de milho, pé de moleque e o próprio milho (assado ou cozido) são os reis à mesa. Este ano, a fartura será menor e os preços maiores, devido à estiagem prolongada.

Os visitantes devem ter cuidado quando forem fazer seus pedidos. O que em São Paulo e no Rio de Janeiro é conhecido como curau, no Nordeste é canjica. O que em outras regiões chama-se canjica, quando no Nordeste peça por munguzá. Outro prato que gera confusão é o pé de moleque. Na região Sudeste, é um torrão que prende o amendoim na calda do açúcar. No Nordeste, é um bolo imperdível. Reúne massa de mandioca, açúcar mascavo, café, leite de coco, manteiga, cravo, erva-doce e castanha de caju (ralada e inteira, para enfeitar).

Os bolos representam quase um capítulo exclusivo, comenta o chefe de cozinha Isalmir Barbosa, professor dos cozinheiros especializados pelo Senac. Além do pé de Moleque, o bolo Souza Leão e os bolos de milho, fubá ou tapioca são clássicos, facilmente encontrados em padarias, delicatessen ou cafés da região. Por falar em café, ele é uma ótima opção com uma pamonha cozida na palha da espiga.

Outro prato muito procurado nas barracas de São João é o cuscuz. Ele pode ser feito de farinha de milho ou farinha de mandioca, sal, manteiga, leite ou água, e é servido com carne seca ou guisado de bode.

Para sobremesa, pode-se pedir também arroz doce, batata doce assada, cocada, cajuzinho, doce de abóbora, doce de batata-doce, maria-mole, paçoca, quindim, e broa de fubá. Para esquentar do frio, vale experimentar quentão, vinho quente ou as cachaças. Em Campina Grande, as pingas com sabores de fruta, como as de caju e de banana, fazem sucesso.

O professor Isalmir Barbosa lembra que a época também pede pratos mais fortes, comidas mais pesadas nas regiões rurais. Em tempo de festança, de muita dança, são pedidas apropriadas para quem se prepara para brincar a noite inteira. O cabrito na brasa é esperado pelos apreciadores da carne de bode. Ele também pode ser servido refogado no molho ou guisado, que é como se diz nessas praças.

Caruaru, representante pernambucano, se orgulha de servir a buchada, outro prato que vem do bode. Os miúdos do animal são colocados no bucho, que é costurado. Bucho e o pé do bode com a tripa enrolada são cozidos em um molho temperado. É servido com pirão e arroz.

O sarapatel também é destaque na culinária nordestina. As vísceras do porco são cozidas com o sangue do animal, com cebola, tomate, pimentão. Come-se com farinha, limão e água na boca. Se preferir, pimenta à gosto. Os apreciadores da boa aguardente não deixam de pedir uma para harmonizar com o sarapatel.

Em Campina Grande, a cabeça de galo é servida como um mingau temperado com alho e pimenta e, dizem que é afrodisíaco. O rubacão é outro prato da Paraíba. É parecido com o baião de dois cearense. Leva feijão verde, arroz, queijo coalho e toucinho. Vale conferir!

Foto: Divulgação
Fonte: Especial para Terra
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