'Chorava de emoção': mulheres descrevem como é sair em bloco 100% feminino em SP
O Bloco Pagu reúne 130 mulheres no centro de São Paulo nesta terça-feira, 13
Cerca de 130 mulheres se reuniram durante o carnaval em São Paulo para um bloco 100% feminino, com roupas e acessórios rosas, para tocar instrumentos de percussão e enaltecer o empoderamento das mulheres.
Cento e trinta mulheres se reúnem em um bloco 100% feminino para tomar as ruas do centro de São Paulo, nesta terça-feira, 13, de carnaval. Vestidas com roupas e acessórios cor de rosa, elas dominam os instrumentos de bateria do Bloco Pagu. A sensação, que para algumas nunca tinham estado em contato com a percussão antes, é indescritível.
"Em todos os desfiles [de ensaio] eu chorava de emoção, porque é uma energia muito forte. No ensaio, você sente, você se arrepia, você chora, fica emocionada", resume Beatriz Goulart, de 28 anos.
Estreando no bloco, ela espera que o desfile desta terça apenas amplifique o que já sentia nos ensaios para o carnaval.
"A gente mostra que mulher também toca instrumento, que mulher também pode ocupar qualquer lugar que ela quiser", diz.
A fala de Beatriz é reforçada por uma colega de bloco, Thata Ozzetti, de 34 anos, que é a mestra do agogô.
"Estar aqui com 130 mulheres tocando mostra só que a mulher pode estar e deve estar onde ela quiser, principalmente tocando bateria, tocando percussão."
Thata sintetiza a mensagem política do Bloco Pagu: "Hoje é só um dia de alegria, mais um dia. E isso já é o empoderamento feminino"..
No desfile de hoje, o bloco homenageia a rockeira Rita Lee. Além de músicas dela, outros clássicos da MPB e do rock são transformados pela percussão. No bloco, há ainda distribuição de absorventes.