Rocinha encerra desfile com atraso e pode ser punida
Sétima escola a desfilar na madrugada deste domingo na Marquês de Sapucaí, a Acadêmicos da Rocinha levantou o sambódromo, inclusive jurados, durante sua passagem pela passarela do samba. Com passos coreografados, fantasias bem acabadas e carros luxuosos, a agremiação arrancou aplausos, mas pecou no final de sua apresentação.
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Figurando entre as favoritas ao título do grupo de acesso do Carnaval do Rio de Janeiro, a Rocinha pode perder pontos por um pequeno deslize, já que chegou ao fim com 60 minutos exatos, mas demorou alguns segundos para fechar uma metade do portão.
A agremiação começou surpreendendo com a Comissão de Frente, que trouxe dançarinas de can can coreografadas de forma bastante irreverente. Também chamou a atenção o fato de os responsáveis pela condução dos carros alegóricos estarem fantasiados, assim como os responsáveis pela harmonia das alas.
Com o samba-enredo Tem Francesinha no Salão ... O Rio no meu Coração, a escola fez uma homenagem ao cartunista J. Carlos, antigo apaixonado pela capital fluminense e que teve sua vida e obra contadas na avenida pelo carnavalesco Fábio Ricardo.
Maurício Mattos, presidente da Acadêmicos da Rocinha, desfilou atrás da Comissão de Frente. Ele estava otimista, mas preferia não cantar vitória antes do tempo, afinal, em outros anos, a escola foi favorita e não venceu. "Está nas mãos dos jurados. Trabalhamos um ano inteiro, nos aprimoramos integrando a comunidade ao asfalto. O resultado foi maravilhoso", disse.
Em anos anteriores, apesar do favoritismo, a escola deixou escapar o acesso por não apresentar a ala das baianas com a quantidade de componentes exigida. Desta vez, a escola levou 80 baianas para a avenida. O único desfalque foi a ausência de Luiza Brunet, que passou mal momentos antes do início da apresentação. Mas Adriane Galisteu marcou presença à frente da escola, como madrinha da Ala das Crianças.