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Enredo da Ilha "mexe com criança em cada um”, diz intérprete

2 mar 2014 - 10h01
(atualizado às 10h54)
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 seu próprio começo como interprete da Ilha foi um acaso e ocorreu a contragosto de Aroldo, conta Ito: "Meu pai não queria nem que eu fizesse teste. Vim por pressão dos amigos
seu próprio começo como interprete da Ilha foi um acaso e ocorreu a contragosto de Aroldo, conta Ito: "Meu pai não queria nem que eu fizesse teste. Vim por pressão dos amigos
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Dona de alguns dos sambas mais lembrados dentro e fora da Marquês de Sapucaí, a União da Ilha aposta na infância para reverter neste sábado (2) o 9º lugar alcançado no Carnaval do ano passado. E à frente da escola vem uma cria da casa, Ito Melodia, entoando a plenos pulmões com o vozeirão herdado do pai, Aroldo, o samba-enredo “É brinquedo, é brincadeira. A Ilha vai levantar poeira”. “Falar de brinquedos é falar de infância, mexe com a criança dentro de cada um", disse ele ao Terra.

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Hoje o Ito é o Ito, mas isso levou tempo. Queriam nos comparar, mas não tem como, ele é inigualável, contou sobre a comparação com o pai, Aroldo, o intérprete mais famoso da União da Ilha
Hoje o Ito é o Ito, mas isso levou tempo. Queriam nos comparar, mas não tem como, ele é inigualável, contou sobre a comparação com o pai, Aroldo, o intérprete mais famoso da União da Ilha
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Ito, que chegou a tentar a vida como pagodeiro antes de virar a voz oficial da escola, é reconhecido por ter o mesmo timbre de Aroldo, intérprete mais famoso da agremiação, e conta que foi difícil se desvencilhar da imagem do pai. “Hoje o Ito é o Ito, mas isso levou tempo. Queriam nos comparar, mas não tem como, ele é inigualável”, diz.

O seu próprio começo como intérprete da Ilha foi um acaso e ocorreu a contragosto de Aroldo, conta Ito, que tinha uma regra: primeiro os filhos mais velhos deveriam cantar na escola, depois ele. “Meu pai não queria nem que eu fizesse teste. Vim por pressão dos amigos”, lembra.

Enquanto cantava ao lado do pai e de outros interpretes, faltou luz e só parte dos microfones continuou funcionando, lembra. “Continuei cantando, e o pessoal que estava na quadra aplaudiu, achando que era o meu pai. Quando a luz voltou e perceberam que era eu, não teve jeito, estava na Ilha.”

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Ito elege como seu enredo preferido o que levou a escola à vitória em 1974, Lendas e festas das Yabás, e o já clássico samba “É hoje o dia”, por acreditar que representa bem o espírito da escola. “É o samba mais bonito, diz muita coisa, ganhou o mundo.”

Sobre o desfile de segunda, o cantor é categórico. “Esse ano temos tudo para acontecer”. Ito considera o Carnaval preparado pela escola digno de figurar ao menos entre as seis primeiros colocados, ganhando assim o direito de retornar para o desfile das campeãs. 

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Fonte: Terra
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