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Prefeito do Recife entrega chaves da cidade ao Rei Momo

Carnaval foi aberto com dez nações de maracatu e 600 batuqueiros, espetáculo pirotécnico de 12 minutos e apologias ao frevo

8 fev 2013 - 22h46
(atualizado às 23h02)
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Bois, caboclinhos e maracatus tomam as ruas do bairro do Recife para a abertura oficial do Carnaval na capital pernambucana. O bairro é uma ilha que concentra alguns dos principais palcos com apresentações de shows de artistas nacionais, convidados estrangeiros e talentos regionais.
Bois, caboclinhos e maracatus tomam as ruas do bairro do Recife para a abertura oficial do Carnaval na capital pernambucana. O bairro é uma ilha que concentra alguns dos principais palcos com apresentações de shows de artistas nacionais, convidados estrangeiros e talentos regionais.
Foto: Otavio de Souza/LatinContent / Getty Images

O carnaval do Recife foi aberto, oficialmente, nesta sexta-feira, em grande estilo: dez nações de maracatu e 600 batuqueiros, espetáculo pirotécnico de 12 minutos, apologias ao frevo e entrega das chaves da cidade pelo prefeito Geraldo Júlio (PSB) ao Rei Momo. A festa de abertura começou mais cedo, com cortejos de tribos de caboclinho, bois, nações de maracatu e blocos de frevo.

O palco do Marco Zero se tornou a base de Naná Vasconcelos. Há doze carnavais, o músico reúne diferentes nações de maracatu para a abertura oficial da festa. Por esse trabalho e pelo seu talento artístico, Naná é um dos homenageados do carnaval 2013. Ele recebeu uma placa  comemorativa e, em seguida, a comenda dos Guararapes, pelas mãos do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). “Naná é homem do povo e hoje passa a ser reconhecido na sua terra, da mesma forma como é famoso no exterior”, disse o governador. 

Depois das homenagens, os fogos de artifício iluminaram o céu e o mar em frente ao Marco Zero. Milton Nascimento subiu ao palco e cantou com o coral Voz Nagô ao ritmo das batidas do Maracatu Nação Cambinda Estrela para cantar uma música. Depois, Naná voltou a liderar as dez nações e os 600 batuqueiros do maracatu. “Ô maracá”, repetia Naná Vasconcelos, para ouvir a resposta com uma batida seca nos tambores.

Milton Nascimento voltou ao palco com a cantora portuguesa Carminho e cantou junto o coral VozNagô, Naná Vasconcelos e Orquestra Popular do Recife. Todos apresentaram grandes sucessos do cantor mineiro, como Maria, Maria. Em seguida, o maestro Ademir foi chamado para assumir a batuta e as homenagens musicais ao frevo, sempre lembrando que o ritmo se tornou patrimônio imaterial da humanidade, pela Unesco.

Além de Naná Vasconcelos, o falecido fotógrafo Alcir Lacerda também é homenageado oficial do carnaval do Recife. Alcir é autor de um acervo com registros do Recife em diferentes décadas. A viúva Ceça Lacerda recebeu a placa das mãos da secretária de Cultura do Recife, Leda Alves.

Os cortejos de agremiações, a reunião das dez nações de maracatu, homenagens, entrega de chaves e os primeiros shows representam a primeira parte da festa de abertura do carnaval do Recife. A segunda parte será comandada pelo maestro Spok que convidará diferentes intérpretes para, cada um, apresentar um frevo famoso. Otto, Lenine, Luiza Possi, Fafá de Belém, Emílio Santiago, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e outros artistas estão na programação, que deve ir até as primeiras horas do sábado.

Fonte: Terra
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