Cam'ron terá de pagar R$ 266 mil a fotógrafa mesmo se ganhar processo contra J. Cole

O rapper Cam'ron foi alvo de uma penhora, uma garantia judicial que trava qualquer pagamento que ele eventualmente receba caso vença o processo contra J. Cole. A medida foi imposta pela fotógrafa Djamilla Rosa Cochran, que obteve em 2024 uma condenação de US$ 51.221,50 por uso indevido de uma foto sua, aproximadamente R$ 266 mil na cotação atual.

A disputa original que motivou o caso envolve uma imagem famosa de Cam'ron durante a Mercedes-Benz Fashion Week, em 2003, mostrando-o com um casaco de pele rosa em campanha da marca Dipset Couture. Mesmo após alertas da agência que detém os direitos, a foto continuou sendo usada em mercadorias sem licença, o que motivou a ação de Cochran.

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Com a penhora oficializada em 26 de novembro de 2025, qualquer valor proveniente do processo movido por Cam'ron contra J. Cole será automaticamente redirecionado para quitar a dívida com a fotógrafa. Ou seja: mesmo que o rapper vença a ação contra o artista da Dreamville, ele não terá acesso ao suposto montante até que o débito de direitos autorais seja pago.

O processo atual entre Cam'ron e J. Cole foi iniciado em outubro de 2025. A acusação de Cam'ron é de que ele contribuiu com letra e verso para a faixa "Ready '24", do álbum do Dreamville de 2024, mas não foi devidamente creditado ou compensado, e que houve promessa de colaboração futura ou participação em podcast, o que nunca se concretizou. Ele solicita reconhecimento como coautor da música e uma auditoria completa dos ganhos, estimando os valores não pagos em mais de US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões).

Histórico da disputa

A condenação contra Cam'ron começou em 2024, quando um tribunal considerou que ele havia usado indevidamente a imagem feita por Djamilla Rosa Cochran sem a devida licença. A foto em questão, tirada em um evento de moda em 2003, virou mercadoria da marca Dipset Couture, atitude considerada como violação de direitos autorais e de uso de imagem.

Com o julgamento contra ele, o valor definido na sentença ultrapassou os US$ 50 mil. Esse tipo de condenação permite que o credor (no caso, a fotógrafa) registre uma garantia sobre futuros bens ou receitas do devedor, garantindo prioridade de pagamento.