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Japonês 'Shoplifters' vence Palma de Ouro em Cannes

O filme é dirigido pelo cineasta Hirokazu Kore-eda

19 mai 2018 - 15h53
(atualizado às 15h59)
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O filme "Shoplifters", do cineasta japonês Hirokazu Kore-eda, é o vencedor da Palma de Ouro do 71º Festival de Cannes, encerrado neste sábado (19). O diretor já havia conquistado o Prêmio do Júri, em 2013.

Japonês 'Shoplifters' vence Palma de Ouro em Cannes
Japonês 'Shoplifters' vence Palma de Ouro em Cannes
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Bem recebido pela crítica, "Shoplifters" estava entre os favoritos para a Palma de Ouro, assim como "BlacKkKlansman", de Spike Lee, ganhador do Grande Prêmio do Júri. Já "Capharnaum", da libanesa Nadine Labaki, ficou com o Prêmio do Júri.

Por sua vez, "The Image Book", de Jean-Luc Godard, conquistou a "Palma de Ouro Especial", honraria que não estava prevista na premiação. Entre os atores, o italiano Marcello Fonte, 39 anos, garantiu o prêmio de melhor interpretação masculina, por seu papel no filme "Dogman", de Matteo Garrone.

O longa é livremente inspirado no chamado "delito do Canaro", como ficou conhecido o homicídio do boxeador amador Giancarlo Ricci, em 1988, em Roma. "Desde pequeno, quando estava em casa e chovia, fechava os olhos e parecia ouvir aplausos. Agora é verdade, e é como estar em família", disse Fonte.

A cazaque Samal Yeslyamova, de "The Little One", venceu na categoria feminina. Entre os diretores, o premiado foi o polonês Pawel Pawlikowski, por "Zimna Wojna". A italiana Alice Rohrwacher ("Lazzaro Felice") e o iraniano Jafar Panahi ("Three Faces"), censurado em seu país, dividiram o prêmio de melhor roteiro.

Um dos momentos mais marcantes, no entanto, ocorreu logo no início da cerimônia, quando a atriz italiana Asia Argento, protagonista do movimento "Me Too" ("Eu Também", em tradução livre), fez um duro discurso contra a violência sexual na indústria cinematográfica.

"Em 1997, fui estuprada por Harvey Weinstein. Eu tinha 22 anos e senti uma premonição que nunca um Weinstein teria futuro. Devemos nos ajudar para que um comportamento tão indigno não aconteça novamente", disse.

Ansa - Brasil   
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