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Força da mulher é tema para tango da Raça Cia. de Dança

Renan Rodrigues, diretor da companhia, fala sobre nova fase e anuncia estreia de espetáculo

15 abr 2015 - 09h01
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<p>Na coreografia, as mulheres esbanjam força, beleza e sensualidade com muita elegância</p><p> </p>
Na coreografia, as mulheres esbanjam força, beleza e sensualidade com muita elegância
Foto: Renan Livi / Divulgação

“É preciso ter raça”, cantou Milton Nascimento. A história de resistência da paulistana Raça Cia. de Dança se mistura com a biografia de sua fundadora, a coreógrafa Roseli Rodrigues. Embora falecida em 2010, a força desta mulher ainda nutre o grupo que mantém suas atividades sem interrupção há trinta anos.

Roseli era conhecida como uma defensora da valorização do profissional da dança e também por ter como objetivo a criação de espetáculos populares. “Fazemos uma dança democrática”, diz seu filho Renan Rodrigues, que assumiu a administração do Raça Centro de Artes, que engloba as atividades da companhia e da escola de dança.

“Ela sempre dizia que os movimentos deveriam ser enérgicos e a coreografia contagiante”, diz Rodrigues, lembrando dos direcionamentos de Roseli, autora de “Tango sob Dois Olhares”, que será apresentado no Festival O Boticário na Dança. “Este espetáculo é um olhar contemporâneo que traz a força da mulher, com elegância, para dançar músicas de Piazzolla”, pontua o diretor.

Além do Festival OBND, a companhia também recebe apoio desde o ano passado do programa de patrocínios do Grupo Boticário. “Estamos certos de que nosso trabalho está sendo reconhecido porque fazemos uma dança com rigor técnico e apelo emocional”, comemora Rodrigues.

A trajetória da companhia

A Raça começou como um grupo competitivo na academia de dança de Roseli. Formada em Educação Física, ela sempre alinhou seus conhecimentos em aeróbica com a poética da arte. Em 2005, veio o convite para apresentação no Festival de Dança de Joinville. “Foi um marco para a companhia”, define o diretor, que também destaca a temporada no Theatro Municipal de São Paulo e as turnês na Itália e Europa, em 2008, como momentos importantes na trajetória do grupo.

O centro de artes da Raça está situado na Vila Maria, na Zona Norte da capital.  “Somos uma referência no bairro até quando alguém procura por endereço”, confessa Rodrigues. No prédio, aulas, cursos e ensaios são realizados. “Estar ‘descentralizado’ nos deu a oportunidade de criar uma tradição na periferia. Mas, não ficamos desconectados do circuito”, avisa Renan. Há, segundo ele, “franquias” do centro no bairro de Moema e na cidade de Bragança Paulista.

A técnica de dança da Raça atrai alunos e faz discípulos. Um deles é Jhean Allex, o coreógrafo do novo espetáculo com estreia prevista para o segundo semestre. Intitulada “Traços e Linhas”, a obra pretende ser mais conceitual, porém, virá com a mesma vitalidade característica das peças anteriores. “Vamos melhorar nossa qualidade. Mas não vamos mudar nossa essência”, garante Rodrigues.

“Tango sob Dois Olhares”

Festival O Boticário na Dança

10 de maio, 18h

Auditório Ibirapuera – Plateia externa

Grátis

Fonte: Cross Content
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