Você sabia que o 'spam' que lota o seu e-mail é um… presunto?
A palavra spam tem uma origem curiosa que está distante do universo digital. Ela deriva de uma conhecida marca estadunidense de carne. Conheça essa história.
Níveis cada vez mais altos de comunicação digital trouxeram consigo um desafio recorrente: lidar com o bombeamento de mensagens indesejadas, geralmente conhecidas como spam. Este fenômeno envolve o envio massivo de conteúdos não solicitados, caracterizando-se principalmente pelo objetivo de divulgar produtos, serviços ou simplesmente causar incômodo. Boa parte dessas mensagens encontra espaço em caixas de entrada de e-mails, aplicativos de mensagens, redes sociais e até mesmo comentários em sites.
A disseminação do spam se intensificou com a popularização da internet. Por trás dessa prática está, muitas vezes, a tentativa de atingir o maior número possível de pessoas através de métodos automatizados. O termo refere-se, sobretudo, a mensagens que não foram requisitadas pelos destinatários e costumam sobrecarregar sistemas, dificultar o acesso a informações relevantes e até promover golpes virtuais.
Como surgiu o termo "spam"?
A palavra spam tem uma origem curiosa que está distante do universo digital. Ela deriva de uma conhecida marca estadunidense de carne enlatada de porco de presunto, introduzida nos anos 1930. O nome tornou-se famoso mundialmente sobretudo após um quadro humorístico dos britânicos do grupo Monty Python, exibido na TV em 1970. No esquete, garçons de um restaurante insistiam em repetir o nome do produto "SPAM" - independente da escolha do cliente - tornando o diálogo exagerado, repetitivo e irritante.
Esse jogo cômico fez com que o termo fosse adotado pela comunidade de internautas, principalmente em salas de bate-papo e fóruns das primeiras décadas da internet. Referia-se ao excesso de mensagens, especialmente aquelas sem utilidade para a maioria dos participantes. Portanto, o uso repetitivo e indesejado popularizou o sentido que se atribui atualmente à palavra, relacionada a mensagens eletrônicas.
Por que as mensagens indesejadas são chamadas de spam?
A associação do termo à comunicação digital veio do paralelo entre a insistência do produto na cena humorística e a repetição incessante de mensagens indesejadas na internet. O spam digital é caracterizado principalmente pela ausência de permissão do destinatário, tornando-se um fenômeno global presente em diferentes plataformas de troca de mensagens.
Uma das principais razões pelas quais utilizadores recebem spam é a coleta automática de endereços de email ou números de telefone por programas específicos, chamados spambots. Esses robôs buscam informações publicamente disponíveis na web, ampliando o número de vítimas para as campanhas indesejadas. O envio em massa é realizado por remetentes que podem utilizar desde simples listas até redes complexas de computadores, conhecidas como botnets.
Quais os tipos de spam mais comuns?
Com o passar do tempo, spam deixou de se limitar apenas ao e-mail. Entre os principais formatos identificados em 2025, destacam-se:
- Spam por e-mail: Mensagens não solicitadas, frequentemente com propagandas, promoções fraudulentas ou tentativas de phishing.
- Spam em redes sociais: Comentários automáticos ou perfis falsos que divulgam links ou promoções suspeitas.
- Spam em aplicativos de mensagens: Envio repetitivo de conteúdo promocional ou golpes via aplicativos como WhatsApp e Telegram.
- Spam em sites e blogs: Comentários automáticos, geralmente com links para páginas externas, visando melhorar artificialmente a visibilidade de outros sites.
Como se proteger contra o spam?
A proliferação de mensagens indesejadas levou ao desenvolvimento de diversas estratégias para evitar e mitigar o spam. Entre as táticas mais recomendadas, estão:
- Filtragem de conteúdos: Utilizar filtros de spam oferecidos por provedores de e-mail, que identificam e bloqueiam automaticamente suspeitas de spam.
- Proteção de dados pessoais: Evitar publicar endereços de e-mail e número de telefone em locais públicos online.
- Cuidado com cadastros: Fornecer informações apenas em sites confiáveis e verificar políticas de privacidade.
- Desconfiar de links: Não clicar em links ou baixar arquivos de remetentes desconhecidos.
A presença do spam indica o desafio permanente da busca por segurança e privacidade no cenário digital. Apesar de iniciativas constantes para reduzir tal prática, novas formas surgem à medida que a tecnologia avança, exigindo atenção redobrada dos usuários e adaptação das ferramentas de defesa.