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Twitter vai atuar junto a órgão eleitoral da Índia e elevar contratações antes de eleições

27 fev 2019 - 10h18
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O Twitter planeja aumentar as contratações na Índia e nomear um executivo para lidar com a Comissão Eleitoral (CE), disse um executivo sênior na terça-feira, respondendo às preocupações sobre o abuso político das mídias sociais, antes das eleições gerais deste ano.

26/02/2019
REUTERS/Anushree Fadnavis
26/02/2019 REUTERS/Anushree Fadnavis
Foto: Reuters

Falando um dia depois de um comitê parlamentar indiano ter dito à empresa para se envolver mais com a Comissão Eleitoral para ajudar a garantir uma votação livre e justa, o chefe global de políticas públicas do Twitter, Colin Crowell, disse à Reuters que a eleição é uma prioridade para a empresa.

Crowell afirmou ter dito ao painel que "certamente teremos um processo e um mecanismo para resolver questões que surgirão durante o período eleitoral". A empresa estava preparada para atender a um pedido de contratação de um executivo para fazer o contato com a Comissão Eleitoral, disse ele em uma entrevista.

A Índia, que tem um dos maiores mercados de Internet do mundo, intensificou a análise das empresas de mídia social para conter a propagação das chamadas notícias falsas e impedir a interferência estrangeira na eleição, que deve ocorrer até maio e na qual o primeiro-ministro Narendra Modi está buscando um segundo mandato.

O Twitter também está no processo de contratar um chefe geral para a Índia, Crowell disse, recusando-se a dar um prazo específico. O ex-chefe do Twitter na Índia, Taranjeet Singh, renunciou no ano passado e outro executivo está servindo como chefe interino das operações locais.

Classificando a Índia como um mercado "incrivelmente importante", Crowell acrescentou que a empresa iria investir "tanto em pessoal quanto na plataforma, especialmente porque temos esta importante eleição chegando aqui", mas não entrou em detalhes.

No entanto, Crowell também criticou as regras propostas em dezembro pelo Ministério da Tecnologia, mas que ainda não foram formalizadas e que, se aplicadas, irão impôr normas às empresas de mídia social, como Twitter e Facebook. Eles incluem a remoção, em até 24 horas, do conteúdo considerado ilegal, incluindo qualquer coisa que afete a "soberania e integridade da Índia".

"Certamente, pedir às empresas de tecnologia que pro-ativamente policiem plataformas para remover conteúdo ilegal coloca essas plataformas em um papel quase judicial", disse Crowell, acrescentando que as preocupações levantadas por grupos da sociedade civil sobre as propostas são "apropriadas".

Jeff Paine, diretor-gerente da Coalizão de Internet da Ásia(AIC), afirmou em comunicado no mês passado que os regulamentos propostos são muito amplos, contêm linguagem vaga e ambígua e impõem "obrigações onerosas" às empresas de mídia social.

Crowell também disse que o Twitter estava ciente de que, globalmente, há tentativas de manipular conversas, pesquisas e os trending topics na plataforma. "É por isso que dobramos as tecnologias, o aprendizado de máquina e nossas ferramentas anti-spam para ir atrás desse conteúdo em escala global", contou.

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