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Substituir margarina por azeite reduz morte por demência

Trocar a margarina ou a maionese pelo azeite apresentou um risco 8% a 14% menor de morte associada à demência, e agora os pesquisadores querem entender o porquê

8 mai 2024 - 14h18
(atualizado em 9/5/2024 às 12h28)
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Substituir margarina ou maionese por azeite pode reduzir o risco de morte por demência. É a descoberta de um artigo publicado no periódico JAMA Network Open na última terça-feira (7). Essa substituição foi associada a um risco 8% a 14% menor de mortalidade.

Foto: Calum Lewis/Unsplash / Canaltech

Os cientistas analisaram dados de mais de 92 mil participantes do Nurses' Health Study (NHS) e do Health Professionals Follow-Up Study (HPFS), e avanliaram a ingestão de azeite a cada 4 anos através de um questionário de frequência alimentar.

Os investigadores também avaliaram a relação entre a qualidade da dieta e o consumo de azeite com o risco de morte relacionada à demência.

Ao todo, houve 4.751 mortes relacionadas à demência durante o período de acompanhamento do estudo, que durou 28 anos.

Trocar margarina por azeite está atrelado a um risco menor de morte por demência (Imagem: Mareefe/Pexels)
Trocar margarina por azeite está atrelado a um risco menor de morte por demência (Imagem: Mareefe/Pexels)
Foto: Canaltech

Os pesquisadores observam que em comparação com nenhuma ou rara ingestão de azeite, o consumo de mais de 7g de azeite por dia foi associado a um risco 28% menor de mortalidade relacionada à demência.

Um ponto curioso do estudo é que cada aumento de 5 g no consumo de azeite teve uma associação inversa com a morte relacionada à demência em mulheres, mas nos homens isso não aconteceu.

"Normalmente, as pessoas que usam azeite para cozinhar ou como tempero têm uma dieta geral de melhor qualidade, mas, curiosamente, descobrimos que a associação entre mais azeite e redução do risco de morte relacionada à demência é independente desse fator", aponta a equipe.

Por que azeite?

Certo, pode parece específico e aleatório, mas não é a primeira vez que vemos o consumo de azeite  associado a risco menor de morte por demência

Mas, então... por que azeite? A teoria é que alguns compostos antioxidantes do azeite podem atravessar a barreira hematoencefálica, tendo potencialmente um efeito direto no cérebro.

Outra possibilidade: o azeite tem um efeito indireto na saúde do cérebro e na saúde cardiovascular. Mas também é justo pensar que uma maior ingestão de azeite pode indicar uma dieta mais saudável.

Azeite pode ter ligação com um menor risco de morte por demência (Imagem: James/Pixabay)
Azeite pode ter ligação com um menor risco de morte por demência (Imagem: James/Pixabay)
Foto: Canaltech

Isso significa que o azeite é a cura para a demência? Absolutamente não. Os autores observaram diversas limitações do estudo.

Os pesquisadores indicam que as pessoas do grupo com maior consumo de azeite também eram mais ativas fisicamente e menos propensas a fumar, o que pode influenciar nos resultados do estudo.

Vale lembrar que a demência em si não é fatal, mas as condições subjacentes que a causam podem ser. Por exemplo, a doença de Alzheimer é progressiva e eventualmente afeta as funções corporais vitais, como a capacidade de engolir e respirar. Além disso, a demência pode aumentar o risco de outras complicações que eventualmente podem levar à morte.

De qualquer forma, o estudo foi só um primeiro passo para despertar a possibilidade dessa relação entre azeite e o risco de morte associada à demência. Agora os pesquisadores querem entender o porquê, através de futuros estudos.

Fonte: JAMA Network Open

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