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Rádios, drones e mais; veja tecnologias usadas para resgatar vítimas no RS

A Força Aérea Brasileira (FAB) está utilizando um drone para localizar vítimas e informar as equipes de resgate

6 mai 2024 - 13h57
(atualizado às 15h56)
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Resumo
A Força Aérea Brasileira usa drones para localizar vítimas dos temporais no RS e outros países ofereceram ajuda para situação de emergência.
Moradores são resgatados por voluntários em Canoas, no Rio Grande do Sul
Moradores são resgatados por voluntários em Canoas, no Rio Grande do Sul
Foto: Renan Mattos/Reuters

A Força Aérea Brasileira anunciou no domingo (5) que está utilizando um tipo de drone para auxiliar na localização e identificação de vítimas dos temporais que têm atingido o Rio Grande do Sul desde a semana passada.

Conforme relata o G1, os voos com esse equipamento estão sendo realizados na Quarta Colônia, região que abrange nove municípios no centro do estado.

A FAB recomenda que as pessoas em situação de risco sinalizem ou façam marcas em superfícies ao ouvirem ou avistarem a aeronave, facilitando assim a identificação e o envio de ajuda.

É importante destacar que o drone não realiza o resgate, apenas fornece as informações para as equipes que irão agir no local.

Hermes 900
Hermes 900
Foto: Wikicommons

O drone utilizado é um RQ-900 Hermes, um dos cinco tipos de drone que a FAB possui hoje. O Hermes 900 é produzido pela empresa israelense Elbit Systems e pertencente à Base Aérea de Santa Maria. Esse dispositivo possibilita análises precisas em tempo real.

O drone consegue ficar no ar por até 36 horas e atingir altitudes de até 9 mil metros. Porém, no contexto das operações no Rio Grande do Sul, sua operação será em baixa altitude para que pessoas que estiverem em situação de risco consigam ter melhor visibilidade.

Sua velocidade máxima de 220 km/h o torna ágil o suficiente para responder rapidamente às necessidades de busca e resgate. Equipado com o sistema SkEye, que consiste em um conjunto de 10 câmeras de alta resolução, o Hermes 900 tem a capacidade de monitorar vários alvos simultaneamente em tempo real.

Antenas de conexão por satélite

Além do uso de drones, a Telebras enviou na última sexta-feira (3) mais 20 antenas de conexão por satélite para auxiliar as equipes de resgate que estão atuando nas regiões afetadas por enchentes no Rio Grande do Sul, segundo o Ministério das Comunicações.

As antenas servem de apoio às equipes de resgate, centros de Comando de Crise, hospitais de campanha e abrigos com internet de banda larga nas regiões atingidas pelas enchentes no estado.

Os equipamentos foram destinados para as cidades de Estrela, Lajeado, Muçum, Roca, Sales, Arroio do Meio, Encantado, Taquari, Venâncio Aires, Santa Maria, Cachoeira do Sul, Candelária e Santa Cruz do Sul. De acordo com a necessidade, podem ser enviados para mais municípios, priorizando as áreas que mais necessitam de conectividade.

As antenas são necessárias para facilitar o compartilhamento de informações, além de aumentarem a rapidez na comunicação, além de colaborar na transmissão de imagens de drones para monitoramento das áreas afetadas e identificação de pontos que necessitem de ajuda, em centros de Comando de Crise, para coordenação das ações de resgate, entre outros locais. Eles são utilizados por equipes de resgate da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.

Helicópteros

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp) informou que um helicóptero Esquilo, identificado pelo prefixo PT-FRN, já está em operação no Rio Grande do Sul, fornecendo assistência às vítimas da severa catástrofe climática que afeta o Estado. 

A aeronave, que partiu de Campo Grande, está equipada com um guincho elétrico capaz de resgatar pessoas em áreas isoladas e de difícil acesso, sendo capaz de içar até duas pessoas simultaneamente, com um limite de peso de 204 kg.

Além do guincho, o helicóptero está equipado com um imageador térmico, uma ferramenta essencial para operações noturnas ou em condições de visibilidade reduzida, e sua tripulação é composta por cinco militares especializados em busca e resgate.

Além disso, helicópteros do Comando de Aviação do Exército (Cavex), de Taubaté, SP, decolaram em direção ao Rio Grande do Sul para ajudar na operação de resgate das vítimas das chuvas que assolam o estado desde a semana passada.

Os helicópteros são do modelo Pantera K2, cada um deles tripulado por 16 militares, incluindo integrantes do grupo de Busca e Salvamento da Aviação do Exército.

De acordo com informações do Cavex, esses militares irão se dedicar à busca de pessoas ilhadas, além de auxiliar na localização de desaparecidos e no resgate de vítimas.

As operações de busca serão realizadas tanto durante o dia quanto durante a noite, uma vez que os helicópteros estão equipados com Óculos de Visão Noturna (OVNs). Esse equipamento possibilita voos noturnos em condições de baixa luminosidade, assim como pousos em áreas não preparadas.

O Cavex passa a contar com um total de nove helicópteros em operação no RS, com aproximadamente 50 militares especializados em resgates participando na operação.

Ajuda internacional

Após oferecer ajuda ao Brasil em virtude da tragédia no RS, o Uruguai chegou a um acordo com as autoridades locais sobre como a assistência será prestada, segundo o g1.

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Foi informado que será enviado um um avião KC-130H, com tripulação, um helicóptero Delfin Bell 212, dois drones, acompanhados de operadores e lanchas de resgate, também tripuladas.

Além do Uruguai, outros países vizinhos também se ofereceram para ajudar o Brasil, incluindo Argentina e Venezuela, porém ainda não há detalhes sobre a contribuição.

O RS continua a enfrentar fortes chuvas que causaram alagamentos em diversas cidades e resultaram na morte de 83 pessoas, de acordo com os últimos dados da Defesa Civil. 

O governador do estado, Eduardo Leite, informou que enviou um documento solicitando ajuda à Argentina, pedindo o envio de equipes de assistência humanitária da Comissão Cascos Blancos, grupo especializado mantido pelo governo argentino. Leite solicitou equipes para auxiliar nos resgates, no gerenciamento de locais de acolhimento e no fornecimento de insumos para a purificação de água.

Fonte: Redação Byte
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